[04] goodbye, Mr. Miss

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"ʜᴇʏ ᴋɪᴅs - ᴍᴏʟɪɴᴀ"

"ᴡɪsʜ ʏᴏᴜ ᴡᴇʀᴇ ɢᴀʏ - ʙɪʟʟɪᴇ ᴇɪʟɪsʜ"

Descanso, paz, tranquilidade e conforto. Aspectos que eram bastante raros naquela nova vida que foi posta na mesa da humanidade, vida imposta a todos que ainda permaneciam vivos.

O corpo envolvido entre as cobertas, a cabeça repousando no travesseiro, as pálpebras fechadas acompanhadas da respiração lenta e serena. Aquilo sim era a melhor sensação do universo.

Finalmente Park Jimin estava pegando no sono.

Era quase inacreditável, realmente cogitou a possibilidade de precisar passar a noite em claro resolvendo as pendências que berravam pelo o nome dele. Mas naquele exato momento nada mais importava, todos seus esforços eram direcionados pela vontade imensamente tentadora de adormecer a noite inteira.

De repente, os ouvidos de Jimin captaram uma estranha espécie de som vinda do lado externo do chalé, um som agudo e contínuo que continuava a expandir-se longamente. O primeiro ato do rapaz foi agarrar o travesseiro e pressionar contra o ouvido, tentando abafar aquele barulho e afundar-se novamente no silêncio que tanto buscava.

O som ainda permanecia.

Não queria de forma alguma levantar-se para checar o que seria. Sua mente sonolenta tentava convencê-lo que alguém havia trazido uma espécie de caixa de som para o acampamento, deduzindo ser a possível origem do barulho.

A manta o protegia do frio noturno, os tecidos macios armazenavam o calor ao redor de seu corpo, o travesseiro abraçava seu crânio como uma mãe carinhosa, tudo estava perfeitamente propício para um bela soneca.

O barulho ainda ecoava no lado de fora, ficando mais irritante a cada segundo que passava-se.

Puta que pariu. Foi o que a cabeça dele ecoou quando precisou forçar o corpo para fora da cama, levantando-se tão pesadamente que sentia-se como se fosse cair ao chão. Os pés pousaram-se na madeira fria do piso, a estrutura ficou ereta em conjunto. Infelizmente ele havia saído da cama.

Os olhos pesados abandonavam o embaçamento e focavam na visão em sua frente, estranhando ao não notar as silhuetas de Jihyo e J-hope deitados em suas respectivas camas naquele quarto.

Estava sozinho. Aquilo era bastante estranho, os colegas não costumavam ficar acordados durante a madrugada, ainda mais quando a temperatura mantia-se baixa e obrigava todos a manterem-se aquecidos entre as cobertas.

Ele deixou o quarto, cruzando os outros cômodos do chalé tão vazio quanto aquele ambiente.

Os olhos caçavam qualquer sinal dos outros dois, a escuridão não ajudava muito, só as espessas luzes que o luar refletia através da janela aberta, iluminavam aquela sala.

Conforme avançava, o barulho parecia aumentar ainda mais, jurando que se permanecesse em concentração podia ouvir diversas vozes vindas do lado de fora, e se deduzisse um pouco mais, as vozes viravam gritos.

E foi aí que ele se deu conta. O barulho agudo e incessante não tratava-se de uma caixa de som, muito menos de alguém tentando pregar uma peça nos moradores, aquilo emitia um significado muito pior, algo que ele chocou-se ao perceber.

Aquele barulho vinha da sirene de emergência do acampamento.

Imediatamente o corpo sonolento de Jimin despertou-se, o instinto já demonstrava presença quando o arrepio percorreu sua espinha. Os passos indagaram-se rapidamente em direção a porta, correndo para enfim encarar a situação caótica que ocorria no lado externo.

Just Survive • jikookWhere stories live. Discover now