[06] falling down

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"ᴛʜᴇ ᴇɴᴅ - ᴍʏ ᴄʜᴇᴍɪᴄᴀʟ ʀᴏᴍᴀɴᴄᴇ"

"ᴡᴀʀʀɪᴏs - ɪᴍᴀɢɪɴᴇ ᴅʀᴀɢᴏɴs"



Jimin queria muito adormecer as poucas horas que lhe restavam, queria muito, desejava sonhar com anjinhos e toda essas merdas, embarcar naquele sono tão almejado por ele.

Ele queria, só não conseguiu.

Não conseguia pregar os olhos de maneira alguma. Tentou, tentou, tentou, já havia mudado de posições diversas vezes na cama, nada adiantava, nada surtia efeito. Infelizmente teve que aceitar o fato que, mais uma vez, iria passar a noite em claro.

A ansiedade parecia lhe devorar por completo, como um monstro faminto desejando e salivando por sua presa. E naquela madrugada, ele era a presa indefesa, ele era a porra do bambi.

Os dedos viajavam entre os fios ondulados tingidos de vermelho, indo de encontro com as têmporas, que tentavam massageá-las e acalmar aquela enxaqueca rodeando sua cabeça. Mais uma entre milhares.

O corpo abandonou a cama, pisando cautelosamente para fora do quarto, silencioso para não despertar os outros dois adormecidos.

Seguiu para a varanda no lado externo, encarando o acampamento em quase completa escuridão. Depois da madrugada turbulenta que foi submetida a todos eles, os moradores finalmente descansavam merecidamente, por mais que alguns fossem ter pesadelos pelos próximos dias.

A maioria das luzes mantinham-se apagadas durante a madrugada, tendo apenas pontos estratégicos ou extremidades sendo iluminadas pelo conjunto de lâmpadas. O acampamento dormia e Jimin continuava acordado.

Os dedos agarraram um pingente, prendido através de uma corda prateada ao redor daquele pescoço, em formato de nabla. A superfície do pingente mantinha uma coloração azulada, suas laterais tingidas de branco, revestidas por cores pastéis. No centro do objeto continha um nome cravado, as letras em negrito e discretas, um colar de extremo significado para ele.

"Namjoon" era o que estava escrito.

Ele repousou os braços na balaústre, usando-as de apoio para inclinar suavemente a estrutura corpórea, mantendo os membros sobre os apoios daquela varanda. O vento vinha discretamente, movimentando aqueles fios avermelhados e levando-os ao ar, causando uma sensação, no mínimo, refrescante.

As pontas dos dedos mantinham-se no pingente, brincando com o tal quando jogava o objeto de um dedo para outro, mantendo-se perdido nos próprios pensamentos. A cabeça do Park não parava de cogitar o fato que não assegurava-se da decisão que tomou, se realmente valia a pena ir resgatar o, agora, senhor desaparecido.

Depois do debate na sala, Jihyo lhe contou que a base central dos saqueadores encontrava-se em Miami, literalmente no outro lado do país. Seria uma viagem de dias. Nada garantia que iriam ter a sorte de chegarem vivos ou a tempo de impedir alguma coisa.

Iria colocar os únicos três radiantes para atuar fora do acampamento, o que soava como uma ideia bastante contraditória. E se acontecesse alguma coisa na ausência deles? Quem iria estar aqui para impedir? Não conseguia parar de considerar tais alternativas.

Não poderia deixar um deles no acampamento, por mais que J-hope fosse adorar ficar, iriam precisar de toda a ajuda possível durante a missão. Mal conhecia os adversários, o pouco que Jihyo contou lhe fez perceber que os saqueadores não tinham piedade alguma em batalha, eram selvagens, impulsivos, um bando de andarilhos que se juntaram e resolveram dominar tudo.

Jihyo e ele foram checar as entradas do acampamento, também ajudando a reerguer o portão já derrubado durante a invasão, percebendo que havia rastros de pneus no solo, rastros grandes o suficiente para indicar presença de volumosos veículos.

Just Survive • jikookWhere stories live. Discover now