"Jungkook!"
— Sea! — Os lábios de Jungkook berraram, em pleno desespero.
O corpo despertou, a estrutura colocou-se sentada, ele tateou o chão sob si como se não reconhecesse o local que encontrava-se. Olhou em volta, confuso, perdido. O coração palpitava agonizantemente, sentia-se ansioso, o bolo desconfortável alojava-se na garganta, fazia-o querer espernear em busca de respostas.
— Sea? — Chamou pelo irmão novamente, na mais inocente esperança em encontrá-lo, na mais avassaladora necessidade em fazer isso.
As memórias vieram de maneira rígida, brotavam na mente apressadamente, quase misturavam-se, forçava-se a caçar algum sentido para tudo. Lembrou-se da fuga, dos zombies, de carregar Sea enquanto clamava por escaparem, e finalmente, de ter sentido seu corpo sendo jogado para longe.
Após isso, tudo tornou-se vago. Um borrão preto, imóvel, inconsciente, e até, doloroso.
E agora não fazia a mínima ideia de onde estava.
Quando notou, avistou o cômodo extenso que encontrava-se, sem muita luminosidade, era escuro. As costas estavam apoiadas contra uma superfície rígida, o suficiente para aguentar o peso de sua corpórea facilmente.
Em pleno instinto, virou-se para checar o que era. Os olhos revelaram uma extensa vidraça atrás de si, era grande, cobria todo o limite do local, proporcionava visão para as ruas escuras da cidade, o campo de visão fornecido fugia da humildade.
Sentiu-se ainda mais confuso. Notou a altura que estava, percebia o ângulo bastante próximo de uma altitude elevada. Não demorou para chegar a conclusão que encontrava-se no interior de algum prédio no centro da metrópole, em um andar que, sem dúvidas, não era o térreo.
A face virou-se à frente, encarou a escuridão no restante da área. Por um momento, agradeceu pela existência da vidraça, impedia que todo o local afundasse em completa escuridão.
Toda a situação não serviu para esclarecer suas dúvidas, tornou-as ainda maiores. Onde caralhos ele estava? Que lugar era aquele, como havia brotado naquele local? E por qual motivo sua cabeça doía tanto?
Os dedos viajaram até a testa, adentraram entre os fios escuros e emaranhados. Sentiram as gotículas de suor estabelecidas na superfície da pele. Ele tocava-as com temor, hesitava em chegar muito próximo da onde o pequeno chifre acinzentado se encontrava, quase como se não quisesse lembrar que ele ainda estava ali.
Não percebeu nenhum machucado ou corte, nada que poderia explicar o desconforto.
Porém, Jungkook ainda sentia uma dor aguda na região. Era tão presente que o Jeon quase sentia-a pulsar no interior de seu crânio, quase como se sentisse ela se tornando física o bastante para conseguir tocá-la.
Cogitou ter batido a cabeça em algum lugar. Era a única explicação possível para tamanha dor.
— Você acordou.
Jungkook assustou-se com a fala repentina. A estrutura chegou-se para trás, a vidraça lhe impediu de avançar mais. Os olhos fitaram o limite contrário do cômodo, percebendo uma silhueta deixar a escuridão e aproximar-se.
A luz que adentrava pela vidraça iluminava a corpórea pertencente a voz repentina, revelava-o conforme se aproximava. Quando a proximidade tornou-se quase nula, a luminosidade já havia revelado a face aliviada de Park Jimin.
— Pensei que você tinha morrido de vez. — O Park sentava-se ao chão, ainda pouco distante do Jeon, suficiente para olhá-lo devidamente. Ele dizia numa linha tênue entre o cômico e a seriedade.
![](https://img.wattpad.com/cover/346555475-288-k897945.jpg)
YOU ARE READING
Just Survive • jikook
Science Fiction[EM ANDAMENTO] JIKOOK | +18 | ENEMIES TO LOVERS | ROMANCE | FICÇÃO CIENTIFÍCA | #MorteParaMortos Num mundo banhado por caos e criaturas "zombielescas" vagando pela terra, o restante da humanidade trava uma luta incessante diariamente para c...