12) Alta Velocidade

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3 ANOS ATRÁS
Hades Gunnar

É uma noite escura e o silêncio da rua é interrompido apenas pelo som dos pneus cantando no asfalto. Estou dirigindo uma Porsche preta, deslizando pelas ruas da cidade ilegalmente em alta velocidade, no lado Phyok. Vento soprava pelas janelas abertas, fazendo o meu cabelo voar ao vento.

Sei que estou desafiando a lei e correndo um grande risco, mas não consigo resistir à adrenalina que sentia ao acelerar o motor desse carro potente. As luzes da cidade passavam rapidamente ao meu redor, enquanto a música alta tocava no sistema de som.

Lucca cantava e gritava animadamente, chegando até a dançar sentado. Fizemos uma aposta, se a polícia aparecer, pinto o meu carro de rosa e se ela não aparecer... bom, pinto do mesmo jeito.

O meu sorriso está grande, me sentindo invencível. Mas meu sorriso logo desapareceu quando vi as luzes vermelhas e azuis que piscavam no para-brisa. As sirenes da polícia começaram a tocar e eu soube que não podia ser pego.

Sabia que teria que encarar as consequências das minhas ações, mas naquele momento eu não conseguia me arrepender. A sensação de adrenalina era insuperável e eu sabia que iria continuar desafiando as leis e dirigindo em alta velocidade novamente.

Lucca olhava para trás inesperadamente, não tão animado quanto antes. Olho o retrovisor, e observo duas viaturas polícias. O volume da música alta é interrompida por Lucca, que abaixou o volume.

— Não estou duvidando do seu potencial, mas hipoteticamente fazendo isso, você dá conta?

Olho mais uma vez para o retrovisor e observo as duas únicas viaturas ainda atrás a toda velocidade.

Lucca coloca o cinto de segurança e fecha a duas janelas.
— Mamãe me perdoe.

Rio baixinho e secamente. Sei que não estou correndo faz tempo, mas ainda sei como dar uma fuga e usar as curvas ao meu favor.

Piso o pé no acelerador, chegando a uma distância desfavorável dos polícias. Viro a direita em uma curva fechada perfeitamente.

— Caralho, porra! — grita Lucca, mas depois olha para trás. — Eles ainda estão na cola.

As luzes azuis e vermelhas das viaturas são visíveis pelo retrovisor. Eles estão muito perto, mas ainda tem tempo.

Acelero ainda mais. O som do motor é impressionante e fico impressionado em como as viaturas ainda estão na minha cola. Me mantenho tranquilo com a situação, já passei por isso antes.

O carro chega a uma velocidade fantástica, mas dou uma desacelerada. O motor ressoa. Não consigo ouvir mais nada além do som do motor. A estrada passa ao lado.

— Que porra você está fazendo, Hades? — Lucca grita na minha orelha.

Olho para ele.
— Relaxa, cara, eu sei o que estou fazendo.

Lucca xinga mais uma vez. As viaturas, sem perder tempo, já estão de um lado cada. O som da sirene está muito alto, causando uma série de desconforto.

Olho para o lado, encarando o P2 do policial. Seus olhos estão assassinando os meus, mas me mantenho em pé.

Piso ainda mais fundo no acelerador. Isso pode acabar muito mal. As viaturas ficaram para trás mais uma vez.

O motor parece prestes a explodir. Acelero mais uma vez. O carro está correndo por cima deles. Isso não é mais um carro. É uma bala.

Giro o volante na esquerda e direita rapidamente, fazendo com sucesso mais uma curva. Lucca se mantém parado, olhando para frente com os olhos arregalados.

Já posso ver a entrada do Inferno, mas ainda está longe. Fico abismado que a polícia ainda está me perseguindo, isso não é feitio deles.

As viaturas estão atrás do carro, mas não conseguem mais ultrapassar. Elas devem estar se perguntando se realmente vale a pena continuar a perseguição. O carro está muito rápido. Ele está correndo tão rápido que parece que é capaz de voar. As viaturas estão atrás, mas parecem muito mais lentas.

As viaturas não conseguem seguir o ritmo. O carro consegue passar por cima de tudo e todos no caminho. Os policiais decidem que não vale a pena continuar a perseguição, tirei essa conclusão quando olhei para o retrovisor e observei que eles ficaram parados, apenas observando.

Lucca xinga e começa a gritar animadamente.
— Isso foi um show, parecia que estávamos voando a toda a velocidade.

Desacelero assim que entramos no Inferno. As pessoas já estão do lado de fora de suas casas, esperando para o que vai acontecer.

— Se for mais rápido, vamos chegar lá em uns 3 minutos. — fala ele, olhando para o seu relógio de pulso.

Acelero mais uma vez e o motor ronca.

Comentem e votem, me ajuda a saber se estão gostando da história e se devo continua-lá.

"Olhe no espelho. Essa é a sua concorrência."

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