26) Ela > Lucca

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TRÊS ANOS ATRÁSHades Gunnar

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TRÊS ANOS ATRÁS
Hades Gunnar

Eu não imaginava que Lucca faria um espetáculo tão cruel; foi como uma facada no meu coração — principalmente no dela. Uma jogada suja, até mesmo para ele. Observo seu sorriso satisfeito com uma expressão fechada, como se ele tivesse conquistado um prêmio, o prêmio da babaquice.

Lucca dá passos à frente, emaranhando-se nos fios do microfone, que cai do palco com estrondo. O público se silencia com o impacto. Pessoas se aproximam para ajudá-lo, mas ele as rejeita, insistindo que está tudo bem.

Jessy sentiria vergonha ao ver seu irmão nessa situação; ela tem tanto orgulho dele. Jessy o defenderia com unhas estiletes e dentes afiados. Às vezes, sinto inveja da relação deles, algo que nunca poderia ter com meu irmão.

Lucca se levanta, oscilando para os lados, retornando à nossa mesa. Colide com uma garçonete, assobiando para ela, antes de retomar seu assento, onde nunca deveria ter saído. O cenário ao redor reflete o turbilhão de emoções, e eu permaneço ali, impactado pela complexidade da situação.

— Por que está com essa cara, Hades? — ele pergunta, rindo, enquanto se serve de mais whisky. — Parece que viu o próprio demônio...

Estreito os olhos, desacreditando no que acabei de ouvir. Lucca beberica o álcool, mantendo seu olhar fixo em mim.

— Olha, ela é uma vagabunda vadia. — ele diz, ficando sério e cruzando os braços sobre a mesa. — Cara, ela tentou te matar duas vezes.

— Sobre isso, eu não preciso de ninguém para resolver o meu problema com Faith, eu mesmo resolvo com muito prazer.

— Com o seu pau dentro dela? — ele rebate.

— Se for preciso, eu coloco filhos nela.

Ele ri da minha afirmação, recuando na cadeira e retirando os braços da mesa. Qual é o problema dele?

— O que faria se Jessy estivesse naquele telão? — pergunto, dando um gole no vinho da minha taça.

— Não fale dela! — ele rosna, se aproximando da mesa novamente. — Eu mataria qualquer pessoa que fizesse isso com ela.

— Eu mataria você, porque você fez isso com ela. — minha resposta é calma, mas carregada de firmeza.

Lucca cessa o sorriso instantaneamente, intensificando seus goles no álcool. Eu me recosto na cadeira, observando ao redor. Os mafiosos mantêm seus olhares voltados para nossa mesa, claramente atentos à nossa conversa e ao clima carregado que se desenrola.

Meus olhos permanecem fixos nos de Lucca, profundos e intensos como o negro do carvão. A troca de olhares revela uma batalha silenciosa entre nós, onde as palavras não são mais necessárias para transmitir a guerra.

Não tenho a surpresa quando dois capangas de Paul aparecem para me levar. Ambos estão vestidos com ternos pretos e armas estão apanhadas, apontando para mim.

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⏰ Last updated: Dec 23, 2023 ⏰

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