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⚠️ ATENÇÃO: Este capítulo contém cenas sensíveis de luto e menção a morte na primeira parte. Faça uma leitura consciente e interrompa a qualquer instante em que se sentir desconfortável.

E um AVISO importante sobre a narrativa: Todos os capítulos são narrados pelos dois personagens principais. Na primeira parte pelo Taehyung e na segunda parte pelo Jeongguk, e as trocas sempre são sinalizadas pela localização.

Taehyung/Tóquio
Jeongguk/Seul

É isso! Boa leitura <3

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✈

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Tóquio, 16 de abril

          Poderia até dizer que aquele não era um dia bom caso sua vida não fosse uma série interminável de dias ruins.

Todos eram iguais. Ruins. Patéticos. Frios. Escuros.

Vivia numa eterna reciclagem. Autodestrutiva. Desestrelada.

Todos os dias eram iguais.

Tem um certo momento quando se vive em prolongada melancolia, não exatamente óbvio, tampouco mensurável ou palpável, onde a tristeza se apossa do cronos. É como um ponto de virada. Quando você se dá conta que o tempo é como uma sinfonia dissonante. Como uma nota que se prolonga, que te prende, te envolve e te toma em inércia. Cada segundo ecoa como uma melodia repetida e que não passa e não avança, não muda para a próxima. É quando você, então, se dá conta que não faz mais sentido contar os dias. É quando você desiste. Se rende. E entra em piloto automático.

Em um looping. Como um vinil riscado.

E ao abrir os olhos naquele dia Taehyung soube que ele não era exatamente diferente. Ele era, ao contrário, a matéria prima reciclada. O único dia que revivia.

Há um ano perdia Haru. Já se parecia com uma eternidade. E que saudade...

O metrô parou com uma freada brusca e inesperada que trouxe Taehyung de volta para a atmosfera. Ele estava perdido em algum lugar acima das nuvens, flutuando em gravidade negativa dentro de sua própria mente. Se desequilibrou, pego de surpresa. Não conseguiu se segurar na barra em sua frente e teria ido ao chão se não estivesse cercado de outras pessoas. Salvo pela contenção humana. Especialmente pelo garoto de uniforme escolar ao seu lado, que o empurrou de volta com o ombro.

Efeito Borboleta | taekookOnde histórias criam vida. Descubra agora