𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐃𝐄𝐙𝐄𝐒𝐒𝐄𝐓𝐄 ❝Eu não sabia o que me assustava mais, a ideia de vampiros existirem ou lobos. Vampiros poderiam facilmente se passar por humanos, o que os tornava ainda mais assustadores, mas lobos... eles eram enormes e matariam uma pessoa tão facilmente quanto respirar.❞
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EU DISSE A CHARLIE QUE TINHA muito dever de casa para fazer e que não ia querer comer nada. Havia um jogo de basquete que o estava empolgando, então ele não percebeu nada incomum no meu rosto ou no de Bella.
No meu quarto, tranquei a porta. Vasculhei minha mesa até encontrar meus fones de ouvido e os conectei no pequeno CD player. Escolhi um CD que Phil me enviou de presente de natal. Era de uma das bandas preferidas dele, mas havia baixo demais e muitos mais gritos do que eu já estava acostumada. Coloquei o CD no lugar e me deitei na cama. Pus os fones, apertei play e aumentei o volume até machucar meus ouvidos. Fechei os olhos, mas a luz ainda os invadia, então coloquei um travesseiro na cara.
Eu me concentrei com muito cuidado na música, tentando entender a letra, desvendar o padrão complicado na bateria. Na terceira vez que ouvi todo o CD, eu sabia pelo menos toda a letra dos refrões. Fiquei surpresa em descobrir que eu afinal de contas gostava da banda.
E deu certo: graças à batida de rachar, foi impossível pensar — e era este o propósito do exercício. Ouvi o CD repetidas vezes, até que estava cantando todas as músicas e até que, finalmente, dormi.
Abri os olhos para um lugar familiar. Percebia em algum canto de minha consciência que estava sonhando, reconheci s luz verde da floresta. Eu podia ouvir as ondas quebrando nas pedras em algum lugar por perto. Sabia que se achasse o mar, poderia ver o sol. Tentava seguir o som, mas então Leah Clearwater estava ali, dando puxões na minha cabeça, arrastando-me para a parte mais escura da floresta.
"Leah? Qual é o problema?", perguntei. O rosto dela estava assustado enquanto ela me puxava com toda a força e eu resistia. Eu não queria ir para a escuridão — por mais que ela me acalmasse, entretanto não era o caso dessa situação.
"Corre, Lucy, você tem que correr!", sussurrou ela, apavorada.
"Por aqui, Lucy!" Reconheci a voz de Avery gritando do meio sombrio das árvores, mas não consegui vê-lá.
