• Capítulo Trinta-Sete - Parece perfeito com você aqui

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• ARIANA GRANDE •
— Toronto, Canadá.

Depois de atender o meu pedido sobre sermos mais claros um com o outro e os papeis do divórcio serem novamente guardados na gaveta da enorme mesa do escritório, eu havia deixado o Justin sozinho a pedido dele e acho que assim seria melhor.

Estar novamente na vida dele depois de todo o mal que eu lhe causei era uma batalha dura demais e para nós dois, então talvez fosse melhor que nós fossemos mesmo com calma, talvez tentando recuperar um dia a confiança e a segurança que um dia sentimos um com o outro, mas isso definitivamente não seria tarefa fácil.

No outro dia, após o café da manhã, Justin realmente fez o que havíamos combinado, ele me levou até a minha antiga casa que agora estava sendo cuidada pela minha equipe de seguranças que sobrou.

— Eu vou entrar com você. — Ele desliga o carro.

— Eu não pensei que fosse ser diferente. — Tento levar numa boa a sua falta de segurança em mim.

Sei que vou precisar mais do que um discurso a favor dele para o Rick e nenhuma tentativa de fugir para que ele comece a acreditar em mim, mas isso já é um começo, certo?

Justin me segue até os enormes portões da minha antiga casa e assim que os mesmos são abertos, todos os seguranças de plantão apontam suas armas para o Justin, visivelmente proibindo a entrada dele.

Viro meus olhos para ele e vejo um pingo de arrependimento em seu olhar por não ter trazido mais gente com ele, porque ele sabe que se eu quisesse mata-lo agora, eu poderia.

— Abaixem as armas. — Eu digo, alto. — Ele está comigo.

Meus seguranças fazem o que eu mando e nós dois seguimos o nosso caminho para dentro da residência.

— Não sabia que eu era tão conhecido assim pela sua equipe. — Ele ri, tentando descontrair.

— Passei uma foto sua para cada um deles para garantir que ninguém iria te deixar entrar. — Eu ri.

— Boa estratégia.

— Eu também costumo ser boa no que eu faço. — Eu subo as escadas e ele sobe atrás de mim.

— Eu nunca duvidei da sua capacidade.

— Mas ainda costuma me subestimar, pelo menos, as vezes. — Abro a porta do meu quarto.

Ele parece estar exatamente como eu deixei no dia em que saí para fazer a minha consulta e nunca mais voltei.

— Você acha que é subestimar, mas não é bem isso. — Ele me olha nos olhos.

— O que é então?

— Na maioria das vezes você só faz coisas que eu não faria com você, então acho que parte de mim acredita que você também não fará comigo. — Ele dá os ombros.

— Minhas formas de me desculparem com você já estão se esgotando.

— Não foi bem isso que eu quis dizer. — Ele se defende. — Tem alguma mala?

— Na parte de cima do armário do closet.

Justin pega a mala enquanto eu começo separar algumas peças para que eu possa levar.

COLD BLOOD [3]Donde viven las historias. Descúbrelo ahora