Star Lost [Hyunlix, Minsung] (ABO)

[PRÓLOGO] Vamos para longe de Black Rose

Black Rose
20:40 pm.

— Não pode me forçar a casar com ele! — o ômega bateu o pé no chão, bufando mais uma vez, diante do rosto impassível de sua majestade e pai. — Eu não o amo! — olhou de relance para seu melhor amigo, Lee Felix.

— Aprenderá a amá-lo com o tempo, assim como foi com os parceiros que arranjei para seus irmãos. — massageou as têmporas, cansado do drama de seu filho. Os demais não haviam contestado sua decisão, na verdade, aceitaram sem questionar.

Mas o Han tinha de ter herdado o gene da rainha…

— A diferença é que eles não estavam se casando com um velho careca, bafo de esgoto e broxa! — exclamou, fazendo Felix e os demais guardas se forçarem a prender o riso, sempre se divertiam com a falta de filtro social de Jisung.

— Ah, e quem você tem em mente? O desconhecido que vive trocando cartas? — bateu o punho no trono, rosnando alto em pura irritação e afronta do ômega diante de si.

— Ele não é um desconhecido! Nós nos amamos e…

— Pare de falar asneiras! Está enlouquecendo de acha que vou deixar o meu filho herdeiro se casar com qualquer um! — levantou, com um olhar feroz, sendo sustentado pelo ômega diante de si, que não fazia questão de recuar. — Está na hora de crescer, Han Jisung! Você não é mais um filhote!

— Eu já cresci e você é o único que não vê isso! — cerrou os punhos, trincando o maxilar. — Diferente de você, ele me ama.

O alfa rugiu, dominado pela ira ao ser enfrentado pelo filho, magoado por suas palavras. Os demais guardas conseguiram se manter de pé, afrontados pela presença do rei.

Com a exceção do general Lee Felix, o primeiro plebeu a assumir uma posição tão alta no exército, além de ser o primeiro e único ômega a alcançar aquela conquista.

O corpo do ruivo estava trêmulo, tentando se manter de pé e o príncipe não estava tão diferente por ser da mesma classe que si.

— Não se esqueça de que antes de tudo eu sou o rei e um alfa. — caminhou em passos pesados até o filho, agarrando o colarinho de suas vestes caras apenas para encará-lo mais de perto. — Sua classe só serve unicamente para nos satisfazer, então coloque-se no seu lugar, ômega.

O soltou, sem se importar com o ômega indo de encontro ao chão, de joelhos e com os olhos marejados. Saindo daquele cômodo com os demais guardas.

A respiração do menor desregulada, o nó em sua garganta estava preso ali há anos, suas mãos tremiam e os soluços não conseguiam mais ser contidos assim como suas lágrimas.

Se sentia inútil, completamente frágil e vulnerável por ser um ômega, não tinha e jamais conseguiria ter a determinação e força de Lee Felix. Invejava o melhor amigo ao mesmo tempo em que se inspirava nele.