Contos da madrugada

Sonhos e Flor

Sonhos costumam ajudar as pessoas. Elas tendem a ser mais otimistas com seus objetivos a serem alcançados, por mais impossível que pareçam.

Isso é um sonho, a sensação de que o impossível possa ser real.

Todos tem sonhos, aspirações ou vontades. Eu tenho coragem. Os sonhos nunca passaram de uma existência sem consciência, mas tive algo a mais. Algo que me fez o que sou hoje. Curioso, não? Desde o momento em que despertei, tenho curiosidade sobre a vida. E em certo dia, conheci uma flor.

Aquela flor era meu pedaço de coragem, eu a olhava e me perguntava se o domínio dos sonhos poderia adentrar a planta. Uma planta pode sonhar em desbravar os mundos? Alcançar os céus? Ter vontade própria e o poder da fala? Ou ela é como eu, apenas uma existência que não necessariamente pensa, mas, está ali vivendo e cumprindo seu papel?

Como que algo que não entendo poderia ter sido meu pedaço de coragem? Talvez seja por ela ser como eu. Assim como os humanos não entendem sua vontade de sonhar, e o porquê admiram-me ao dar-lhes esperança, eu não entendo o poder que a beleza dessa planta teve sobre mim. Mas a admiro com toda a minha existência e coração, se tivesse um. Por todo o tempo-espaço.

Sua beleza transpareceu conforme os anos e vi a vida dela se esvaindo aos poucos. Afinal é assim que as coisas são. Eu sou os sonhos, e ela é só uma pequena planta.

Eu reino pela eternidade, eu vejo meus admiradores morrerem, mas só pereço perante a falta que ela me faz.

Fazem-se uma eternidade desde que a conheci, mas nunca a esqueci. A primeira flor que surgiu sob a Terra. Meu eterno pedaço de coragem.

Hoje vejo as estrelas, embora, não sejam tantas tal qual eram no passado, devido à poluição. Vejo o luar. Vejo as pessoas rindo, as pessoas chorando, as pessoas se amando, as pessoas sonhando.

Mas nada se compara a você. Adquiri a consciência graças a minha curiosidade e aquela pergunta, aquela maldita pergunta: Flores podem sonhar? Sonhos podem amar?