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ANY GABRIELLY[

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ANY GABRIELLY
[...]

——— Any, olhe para mim. ——— Noah virou meu corpo em sua direção, no mesmo instante que chegamos na festa de Sabina.

——— Já estou olhando.

——— Não beba absolutamente nenhuma bebida alcoólica, não transe com ninguém, não se drogue e não aceite nada de estranhos. Você sabe que o seu pai me mataria, caso ficasse sabendo que você fez qualquer uma dessas coisas, e eu acho que ainda sou muito novo para ser enterrado.

——— Isso também vale para você. Não quero o meu melhor amigo se escorando em meus ombros pela manhã porque está de ressaca.

——— Não te prometerei nada. ——— Urrea sorriu sínico, passando um de seus braços ao redor do meu pescoço.

Caminhamos até a porta da casa de Sabina. Eu já vim aqui sozinha, algumas vezes. Era notório a sua ótima condição de vida, mesmo que sua casa não fosse tão extravagante quanto a de Savannah, por exemplo.

——— Any! ——— em uma estranha coincidência, Sav acabara de chamar por meu nome do lado de dentro da casa de Hidalgo. Me afastei dos braços de Noah e abracei a loira. ——— Vocês demoraram tanto para chegar que eu já estava achando que não viriam mais.

——— Isso tudo é culpa do Noah, que passou quase três horas em frente ao espelho só se arrumando. Você o conhece. ——— encarei Urrea, que soltou uma risada.

Ele aproximou-se do rosto de Sav e sussurrou algo perto de seu ouvido, na provável esperança de que eu não escutasse. E realmente, dessa vez, eu não fui capaz de identificar a frase por completa.

Se eu conheço Noah bem o bastante, sei que ele estava em busca da Rebecca. Certamente, perguntou para Savannah aonde ela estava e com quem estava.

Particularmente, sinto que nunca entenderei toda essa romantização da Rebecca. Ela não me parece ser uma má pessoa, oh, não mesmo. Mas o que mais ela tem de interessante, além de um rosto bonito?

——— Soares, eu preciso... falar com uns amigos meus, ok? ——— ele ergueu o meu rosto com as duas mãos e beijou minha testa. Sorri. ——— Lembre-se do que eu te falei. Não faça nenhuma merda, por favor.

——— Relaxa, Noah. Eu não sou você. ——— brinquei. Ele riu por fim, afastando-se.

Talvez eu devesse fingir não me importar tanto com o fato de Noah se interessar por qualquer outra garota que não seja eu. Mas isso era praticamente impossível, levando em conta o fato de que ele é o meu melhor amigo.

Bem, espero que ele esteja feliz com sua decisão, afinal. No fundo, sei que quero que ele nunca esteja tão feliz como esteve comigo.

Céus, isso soa tão egoísta da minha parte.

E por que estou subestimando tanto a Rebecca? É como se desmerecer ela fosse fazer Urrea sentir falta do meu coração miserável. Porra.

Odeio ter que lembrar do inútil fato de que sou a única para quem ele conta os seus segredos e sonhos. Ah, claro que sou eu. Quem mais seria? Afinal, sou a única quem o faz rir quando está prestes a chorar.

Mas de que porra isso adianta quando Urrea tem um cérebro do tamanho de um noz e simplesmente não percebe que seu lugar é comigo?

——— Any, pare de pensar no Noah. ——— murmurou Sav ao meu lado, virando um copo de bebida. Franzi o cenho.

——— Eu não estava pensando nele.

——— Any, para de ser otária. Você pode ficar com qualquer menino nessa festa, se quiser. Por que não aceita de uma vez que o Noah não quer nada além de uma amizade com você?

Virei-me para Sav.

——— Do que está falando?

——— Você pode enganar qualquer um, menos eu. Sabe disso, não sabe? ——— ela aumentou o tom de voz, já que a música alta abafava nossa conversa sem rumo.

——— Não estou te enganando, Savannah. Noah sabe muito bem o que ele está fazendo e eu não vou impedi-lo de nada. Independente de tudo, eu quero vê-lo feliz, é o meu melhor amigo.

——— Argh, você é muito madura. Odeio pessoas maduras. ——— Sav torceu os olhos, eu gargalhei.

Se ao menos ela soubesse o que se passava na minha mente há até poucos segundos atrás, nunca teria ousado chamar-me assim.

——— Any. ——— Noah tocou em meus ombros por trás. Virei-me para olhá-lo. ——— Acho que a minha cabeça está... girando. ——— ele começou à rir sozinho, enquanto encarava meu cabelo.

Ótimo. Nós mal havíamos chegado na festa e cada parte de seu corpo já estava repleta de álcool.

[...]

Valentine ⁿᵒᵃⁿʸWhere stories live. Discover now