ℭ𝔞𝔭í𝔱𝔲𝔩𝔬 ℑℑ

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A manhã seguinte foi como uma bomba atômica, Miles tinha passado a noite no escritório de Roubert, sim, ele dormiu naquela cadeira dura e nenhum pouco confortável. Seu estado parecia que tinha sido atropelado não por um, mas cinco carruagens. E se ele tivesse bebido não chegaria naquele nível.

Seus cabelos ruivos acima dos ombros estavam desalinhados e escapado da sua fita; estavam soltos. A roupa amarrotada como se estivesse passado a madrugada inteira com uma mulher aos seus braços.

Carllota invadiu o cômodo na procura do filho.

—Eu não acredito! Miles Kister, você passou a noite aqui? —O analisou de cima abaixo, ele estava um caos.

—Sem exageros. —Passou as mãos entre seus cabelos medianos na tentativa de ajeitá-los— Acabei passando a noite assinando essas contabilidades —Empurrou metade das folhas sob a mesa, elas estavam empilhadas— Preciso cuidar da casa, até que...Roubert esteja recuperado.

"Mais uma vez o chamando pelo nome"; Carllota pensou um pouco chateada com toda aquela situação. Ela era a única mulher da casa e se sentia "responsável pelos gastos que fazia. Entretanto, não tinha culpa.

—Filho, estava pensando... —Se aproximou e apoiou as mãos na cadeira— Acho que deveríamos avisar para sua irmã sobre o estado do seu pai

Ele negou

—Não.

—Filho...!

—Melina não precisa saber. —Deu uma pausa, pensando no assunto— Ela tem coisas mais importantes para se preocupar agora. Se for para saber, terá notícias após sua recuperação.

Carllota não concordava, mas balançou a cabeça. Obviamente ela iria quebrar os argumentos do filho, a propósito, Melina também era filha de Roubert, era extremamente necessário ela saber.

—Tudo bem! Faremos o que achar melhor.

Miles assentiu, arrumou sua mesa e se ergueu. Durante esses segundos, percebeu que sua mãe não tirava os olhos de si, e já estava o incomodando.

—Tem algo que queira me falar? Ou me pedir? —Acrescentou.

—Preciso que vá na floricultura para mim, querido. Hoje receberei a visita de Soraya e Mabel e gostaria de fazer uma decoração apropriada para ambas.

— Eu não sou o homem certo para isso.

—Eu sei perfeitamente que não entende muito de flores, mas eu preciso que faça esse favor para mim. —Insistiu.

Ele suspirou

—Quais flores deseja? —Aumentou a voz. Carllota já estava quase saindo do escritório, dando a impressão que estava muito atarefada.

—Fique por sua escolha! Confio em seus gostos —Se retirou

Miles tentou chamá-la mais uma vez, mas não obteve resposta. "Fique por sua escolha?", esse era o problema, se dependesse de seus gostos, Miles escolheria um cacto invés de flores.

Já que não tinha escolha, ele teria que ir para a floricultura, e antes de ir precisava arrumar o seu estado.

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⌈ Família Huntington ⌋

Emery fechou a porta de entrada e se encostou contra ela, assim que ergueu os olhos se deparou com sua mãe, Ruth, a encarando seriamente. Esse era o sétimo homem que ela rejeitava só naquele dia, e sua mãe não estava gostando da sua atitude tão exigente. Com vinte e seis anos não era fácil um homem se interessar em uma mulher com uma idade como aquela. E quando se interessava, Emery os expulsava com motivos banais.

ODIADA POR UM BARÃO || LIVRO II Onde histórias criam vida. Descubra agora