𝒞𝒶𝓅í𝓉𝓊𝓁𝑜 xɪᴠ

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Emery empurrou a porta da mansão, ofegante. O coração acelerado e os lábios um pouco inchados pelo beijo que trocara com o barão momentos antes. Seu tornozelo estava doendo muito, mas não chegava aos pés do que estava sentindo em seu corpo.

Jamais imaginou que uma simples visita na casa dos Kister's lhe traria tantos sentimentos confusos, principalmente um passeio a sós com Kister e um beijo que continua gravado em sua mente em câmera lenta.

Quando respirou fundo e se apoiou na parede na área do saguão, uma das criadas — Lucie— se aproximou e analisou o seu rosto abatido com extrema preocupação

—Senhorita Emery, está se sentindo bem? Quer ajuda em alguma coisa? —Questionou a criada. A voz baixa e gentil

Emery assentiu, estava tentando segurar o choro que tanto fazia questão de percorrer em suas bochechas

—Estou com meu tornozelo doendo, por favor, me leve até o meu quarto... —Disse com cautela. A criada finalmente olhou para baixo notando uma de suas pernas levantadas deixando a mostra o tornozelo esquerdo.

—Santo Deus, Vossa-Graça está muito inchado. —Quase berrou. Ela não hesitou em oferecer-lhe o braço como apoio até que chegasse com segurança em seu quarto.

Emery jogou o seu corpo em sua cama acompanhado de um suspiro tristonho e doloroso por conta do tornozelo. Lucie abriu as grandes janelas deixando que uma brisa quente invadisse o quarto, assim que ela voltou, ajudou a própria a se ajeitar sob a cama colocando alguns travesseiros atrás de suas costas.

—Obrigada, Lucie.

Lucie abriu um sorriso doce

—Não precisa me agradecer, senhorita. —Ela caminhou pelo quarto— Vou procurar alguns panos ideais para colocar em seu tornozelo, será que uma água quente pode resolver?

—Acredito que sim.

—Já sei —Ela se virou— Vou chamar um médico, assim ele dirá o que é certo a se fazer.

—Lucie, não é necessário.

—Claro que é, a senhorita está machucada. Só um médico poderá resolver essa questão.

Emery só queria descansar. Chamar um médico naquelas circunstâncias só a faria se sentir mais pressionada e com vontade de cair em choro. — O doutor faria perguntas de como ela fez aquele machucado, e precisaria responder e se lembrar dos momentos que compartilhou com Kister.

Quando abriu os lábios para impedi-la de ir atrás do Doutor, avistou a porta do quarto ser fechada por Lucie.

Não demorou muito tempo para a porta ser aberta novamente e encontrar Cornelia parada na entrada enquanto a olhava silenciosamente.

—Lucie me disse sobre seu tornozelo —Começou a segunda mais velha. Ela entrava em seu quarto e fechava a porta atrás de si, caminhou com delicadeza para mais perto e encarou o seu machucado exposto— Como fez isso, Emery?

—Foi um acidente.

—É notável. —Acrescentou— Explique-se.

—Foi no momento que desci d0 cavalo de Kister, eu impulsei o meu corpo para fora pensando que cairia em pé, mas minhas pernas acabaram perdendo a força e o pé virou assim que toquei na terra e...

Cavalo de Kister? Esteve com o Kister hoje?

Ah não, acabei falando muito... -Pensou ela.

Cornelia estava com os olhos cerrados e os braços cruzados em frente ao peito, faltou pouco para começar a bater os pés no chão em sincronia como se fosse uma mãe prestes a dar uma bronca em seu filho danado.

ODIADA POR UM BARÃO || LIVRO II Where stories live. Discover now