ODIADA POR UM BARÃO || LIVRO II

𝒞𝒶𝓅í𝓉𝓊𝓁𝑜 x

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Miles não pregou os olhos desce o ocorrido na noite passada. E claramente, havia muitos motivos, sua perseguição com a pessoa misteriosa entre a cidade de Londres o deixava contrariado.

A manhã começou com nuvens cobrindo quase todo o céu azulado, ainda sim o sol se arriscava em soltar seus raros raios de calor. Seu corpo rígido continuava descansando contra o encosto da cadeira, o sonho estava tão pesado que não percebeu a entrada de Melina no escritório.

Melina iria dar-lhe um 'bom dia, mas parou quando o avistou debruçado contra a cadeira, a cabeça apoiada na mão direita, a roupa amarrotada dando a perfeita explicação que havia passado a noite acordado. Sentiu necessidade em se aproximar, os papeis bagunçados chamavam sua atenção, especificamente ao perceber que se tratava de futuras cartas manuscritas.

Pegou um deles e leu brevemente. Aquela carta em específico não se tratava apenas de uma carta de negócios, e sim, de assunto pessoal. O que mais lhe intrigou foi a quem se destinava, era para a Srta. Huntington, a mesma que tinha sofrido um acidente de cavalo.

" Emery Huntington?", pensou Melina consigo mesma, precisou erguer os olhos para encarar o rosto adormecido do seu irmão. Ela sabia que algo de estranho estava acontecendo, soube desde o momento que presenciou a interação de intriga entre eles, supôs que estava ficando louca, talvez passar muito tempo bordando estava lhe causando sérios problemas mentais, mas não, tinha certeza de que Miles agia diferente quando se tratava da Viscondessa.

Quando voltou para Hagesnow pensou que precisava se preocupar apenas com a saúde e recuperação do seu pai. Entretanto, existia mais uma coisa a quem deveria se preocupar, seu irmão.

Miles é um bom homem, além disso, sabe descrever quaisquer sentimentos em um papel, com perfeitas combinações de palavras formando um apreciável poema. A família Kister era um pouco conhecida pela quebra de regras ditas pela sociedade, e que de fato era verdade, contudo, nada desses conhecimentos mudava o coração puro que existia neles.

Deixou a folha de carta no mesmo lugar que encontrou e apoiou as mãos na cadeira a frente

—Irmão? —Chamou-o, ele fez uma breve careta— Irmão! —Repetiu, a voz saindo um pouco mais clara do que a última vez.

Ele acordou com um susto rápido, se assustou ainda mais quando percebeu sua irmã parada logo a frente

—Nossa senhora...

—Vou ignorar completamente a sua reação quando me avistou. —Ajeitou a postura— Bom dia, irmão.

—.... Bom dia —Se virou para olhar para fora da janela— O dia já amanheceu...—Murmurou com dificuldade em manter os olhos abertos, a claridade doía seus olhos.

—Dormiu aqui nessa sala de novo? Sabia que existe quarto? —Indagou, Melina. Ela cruzou os braços visivelmente chateada pelas dormidas do seu irmão naquele lugar.

—Sei perfeitamente que existe quartos, irmã. Também sei que ficaria ainda mais disposto se dormisse em um colchão, mas existe outras razões que me impedem de encostar a cabeça contra o travesseiro.

—E que razões são essas? Posso saber?

—Não.

— É algo que envolve a Viscondessa? —Franziu a testa. Pela expressão do seu irmão, ela tinha acertado na pergunta— Miles, o que está acontecendo?

—Nada que você precise se envolver. —Retrucou. Juntou as folhas que estavam espalhadas e bateu contra a mesa antes de guardar metade delas na segunda gaveta— Está tudo sob controle.