Introdução

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🌹 LAURA NARRANDO 🌹

5 anos atrás...

Entro dentro da casa sentindo todo meu corpo trêmulo e meu coração errar as batidas. Sinto que a qualquer momento vou desabar no chão, mas tento me manter em pé.

Me apoio na porta e respiro fundo.

Deus me dê força! — peço em pensamento.

As luzes da toda a casa está apagada o que a deixa ainda mais assustadora. E o pior é que nem coragem para acender a luz eu tenho.

Após entrar para dentro dessa casa sinto meu estômago embrulhar mas me mantenho firme. Eu tomei uma decisão e não posso dar pra trás agora.

Vou andando devagar pelo primeiro cômodo que parece ser a sala, tem três portas fechadas, suponho que seja os quartos.

Respiro fundo e abro a primeira porta, e sim, é um dos quartos da casa. Entro no mesmo com dificuldade para caminhar pois estava me tremendo inteira. Esse quarto não diferente dos outros cômodos estava com a luz apagada o que dificulta bastante para que eu pudesse ver os detalhes. Mas também quem liga pra detalhes estando numa situação que eu estou?

Minha vista não é das melhores e com todos os cômodos apagados fica bastante difícil que eu caminhe pelo quarto sem trombar em alguma coisa.

Me aproximo da cama lentamente e fico ali olhando ao redor tentando colocar na minha cabeça a grande merda que estou preste a fazer.

Meu Deus!

Eu ainda não acredito que estou aqui. Minha vida vai acabar. Estou aqui de encontro com a minha morte. De encontro com meu pior pesadelo.

Escuto um barulho de porta se abrindo e logo em seguida fechando, prendo a respiração nervosa, em questão de segundos entra no quarto aquela parede de músculos, trato logo de abaixar a cabeça. Não sou nem louca de olhar pra ele e levar um tiro na testa.

Pesadelo entra por completo no quarto e fecha a porta. O silêncio é terrível entre nós.

Meu Deus. O que eu tô fazendo aqui?

— Vai ficar parada aí, mina? — ele pergunta quebrando o silêncio.

Senhor, me ajuda! — peço em pensamentos novamente.

Eu não sei o que fazer. Como agir. O que falar. Tento lembrar das inúmeras "dicas" e "conselhos" que a Paloma me deu, mas perante o meu nervosismo tudo some. Eu não lembro de nada nesse momento. Nem mesmo meu nome.

— Ta surda, caralho? — altera o tom de voz.

— Nã-ao. Não. Q-quer dizer... — gaguejo.

Eu não consigo dizer uma única palavra sem gaguejar. Ele não tem paciência, vai me matar.

Em um movimento rápido, Pesadelo está parado na minha frente. Sinto seu cheiro, até que é cheiroso esse filho da mãe. Eu claro, continuo de cabeça baixa sem olhar pra ele.
Pesadelo em uma rapidez impressionante puxa meu vestido fazendo o mesmo se estraçalhar em mil pedaços. Misericórdia.

No Morro - DEGUSTAÇÃO Opowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz