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🌹 LAURA NARRANDO 🌹

Saímos da loja exaustos. Eu nunca na minha vida comprei tanta coisa. Compramos móveis para a casa toda. Agora eu teria uma cama. Um guarda-roupa e um quarto. Compramos também coisas de cama e banho. Pedimos para entregar tudo hoje com urgência e não é que conseguimos? O que dinheiro não faz né...

Eu não vou mentir e dizer que não tô feliz. Porra, eu tô muito feliz. Enfim darei um final de vida digno para a minha mãe. Um conforto melhor.
Mas eu não consigo parar de pensar no porquê o Pesadelo está fazendo isso. O que ele espera de mim?

— Ta feliz, ruiva? — Davi pergunta enquanto andávamos pelo estacionamento.

— Sim.

— Mais? — arqueia a sobrancelha.

— Eu tô com medo. — digo sincera — Tipo, o que o pesadelo espera de mim? Por que ele está fazendo isso?

— Mina, eu sendo purão contigo, sinceridade mesmo. Eu não sei te responder não. Só posso te garantir que não vou deixar ele te fazer mal, ta ligada? O que eu puder fazer pra ti proteger, eu farei.

— Obrigado. Você é tão legal comigo. — sorri sincera.

— Eu sou um doce, eu sei. — me entrega o capacete — Partiu?

— Partiu.

O Davi me ajudou a subir na moto e acelerou em direção ao morro novamente. Como sempre ele correu, literalmente voou com a moto. Eu não sei pra que correr desse jeito. Misericórdia.

Chegamos no morro, Davi deu sinal para os vapores que estavam na barreira e subiu o morro. Ele passou reto pela minha ex casa, o que ja imaginei que ele me levaria para minha nova casa. Puts, não consigo acreditar ainda.

Davi parou a moto em frente uma casa LINDA. Não era uma mansão, era pequena mais linda.

Desci boquiaberta da moto admirando a entrada da casa.

— Gostou? — pergunta parando ao meu lado.

— Gostar é apelido. Eu amei.

— Mesma rua que a vitória, pô.

E realmente, agora que percebi.

— Podemos entrar? — pergunto ansiosa para ver a casa por dentro.

— Claro, pô. A casa é sua. — me entregou a chave.

Sem pensar duas vezes corri para abrir minha nova casa. Admirei cada cantinho. Agora tínhamos uma sala de estar, cozinha, sala de jantar, três quartos sendo uma suíte. E um banheiro. Tudo bem pintado. Eu estava encantada.

— Aí — Davi me chama — Os moveis chegou, vou chamar mais uns três vapores para ajudar a arrumar beleza?

— Obrigado, Davi. — abraço.

— Tamo juntão, ruiva.

Davi saiu para chamar os vapores para ajudar na organização.

Eu não tinha nem palavras para agradecer a Deus por tudo isso. Eu sei que "consegui" de um jeito todo errado, mas minha mãe merecia o melhor.

Logo o Davi apareceu com três vapores e eles começaram a arrumar os móveis. Ficamos assim durante toda a tarde. No finalzinho da tarde, quase noite, já estava tudo pronto.
Os vapores, Davi e eu caímos deitados no chão. Estávamos exaustos.

— Tô morto. — Davi diz ofegante.

— Obrigado, meninos. Em comemoração o que acham de pedirmos uma pizza? — dou a sugestão.

No Morro - DEGUSTAÇÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora