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🔫 PEDRO HENRIQUE (PESADELO) 🔫

Acordo com a merda do meu radinho tocando. Pode nem dormir mais, puta que pariu. Com muita raiva estico meu braço pegando meu radinho que estava no criado mudo.

Radinho on:

— Que foi, porra? — pergunto bravo ainda com os olhos fechados.

— Acordou bela adormecida? — Lacoste debochou.

— Bela adormecida é meu pau no seu cú, filho de uma vadia. Manda o papo logo caralho.

— Pô cara, tu me mandou encostar aqui na boca o mais cedo possível. Tô aqui te esperando.

Lembrei que eu queria matar esse filho da puta que me arrumou uma virgem.

— Marca 10 aí. Vou tomar uma ducha e já to encostando.

— Vem logo.

Radinho off

Com muito custo levantei da cama e já fui direto para o banheiro tomar uma ducha. Tomei um banho rápido, escovei os dentes e me vesti com uma bermuda lavagem escura e uma camiseta vermelha. Passei creme, perfume. Peguei meu radinho, minha arma, carteira e a chave da moto. Fui em direção da boca principal.

Chego na boca e como sempre tá movimentada. Viciados pra lá e pra cá. Entro na boca sem falar com ninguém e já vou pra minha sala dando de cara com o Davi.

— Que demora — resmunga.

— Tu não ta em condições de reclamar não — digo me sentando.

— Qual foi? Eu não fiz nada dessa vez! — levanta a mão em forma de rendição.

— Por que tu não me falou que a mina era virgem? — pergunto direto.

Davi me olhou como se eu tivesse três cabeça.

— Quem? A Laura?

— Sei-lá como a mina chama, Lacoste. A ruiva pô.

— Eu ia te falar irmão, mas tu nem quis muito papo nesse assunto.

— Agora, eu quero. Quero saber tudo dessa mina.

Ele me olhou ainda mais estranho.

— Por que ela quis "perder" a virgindade logo comigo? — pergunto.

Essa dúvida estava me corroendo mesmo não querendo admitir. Quem em sã consciência iria querer perder a virgindade com uma pessoa como eu?

— Mano, ela fez por necessidade. Ta ligado? — tira o boné e coloca em cima da mesa — A mãe dela tá com uma doença terminal aí, os médicos já não deu mais esperança. Só esperar a morte mesmo. E a situação da mina é precária. Ela tem 15 anos, estuda de manhã e trabalha a tarde e a noite. Mas o dinheiro que ela ganha não é suficiente pra sustentar a casa, aluguel, fora os remédios e exames da mãe dela.

— 15 ANOS, DAVI? — praticamente grito — Tu me arrumou uma criança, caralho. Cadê a porra do seu juízo?

— Mano ela me pediu e ela é amiga da minha mina. Tentei fazer ela mudar de ideia e tudo mais. Só que quando essas mulheres coloca as paradas na cabeça tem como tirar não.

— Você só me arruma problema — resmungo — Coloca ela e a mãe na casa principal.

— Na tua casa? — quase salta os olhos pra fora.

— Lógico que não, Davi. Na casa que eu tenho lá na rua principal.

Davi continuou me olhando.

— Que foi, merda? — pergunto perdendo a paciência que eu nem tenho.

No Morro - DEGUSTAÇÃO Where stories live. Discover now