Jogue o jogo - Aemond targaryen

23 - Luto e Coroação

Alicent acordou com o som de batidas frenéticas em sua porta. Ela esfregou os olhos turvos e pegou o roupão. Seus pés se arrastaram para frente enquanto ela o amarrava com segurança ao redor do corpo. Ela se atrapalhou com a fechadura antes de abrir a porta para revelar um solene Sor Criston e um Sor Erryk de aparência ansiosa ao lado dele.

Seus olhos dispararam entre os dois cavaleiros: “O que é isso? Aconteceu alguma coisa?

Foi Sor Erryk quem respondeu: - Lamento informar-lhe que o Rei faleceu, Vossa Graça. A Princesa Visenya está com ele. Fui enviado para resgatá-lo.

Foi como se todo o ar tivesse saído de seus pulmões e sua voz saiu como um sussurro ofegante: "O quê?"

A visão dos dois membros da Guarda Real ficou turva enquanto lágrimas brotavam de seus olhos. O pânico cresceu como uma onda enorme em seu peito. Seu corpo começou a tremer enquanto ela tentava desesperadamente se controlar.

Sor Criston estendeu a mão para agarrar seu braço gentilmente: “Minha Rainha, a Princesa Visenya precisa de você agora. Seus outros filhos precisam de você.”

Alicent assentiu e fungou. Ela fechou os olhos e respirou fundo para se acalmar. Ela estava mais composta quando eles reabriram: “Certo. Quero que vocês dois vão informar meus filhos. Leve-os para os aposentos de seu pai. Eu cuidarei de Visenya.”  

Os cavaleiros baixaram a cabeça e partiram para obedecer à ordem da rainha. Alicent suspirou e resistiu à vontade de roer as unhas. Empurrando para baixo o pavor que borbulhava em sua garganta, ela marchou escada acima até os aposentos do marido. Seu falecido marido agora . Ela balançou a cabeça para dissipar o pensamento antes de cair em pânico mais uma vez.

Visenya ficou em silêncio no peito do pai. Suas lágrimas secaram em seu rosto, mas ela não se mexeu. Ela tinha ouvido Sor Erryk partir e Sor Harrold recuar para guardar a entrada mais uma vez, mas não reagiu. A sala ficou em silêncio até que a porta se abriu e passos suaves vieram em sua direção. A cama afundou quando alguém se sentou atrás dela e uma mão foi colocada em suas costas.

“Visenya.”

Ela sentou-se lentamente ao som da voz de sua mãe. Ela se virou para encontrar o olhar choroso da Rainha.

Sua voz estava rouca quando ela disse: “Ele se foi, mãe”.

Alicent acenou com a cabeça enquanto algumas lágrimas escaparam de seus olhos, "Eu sei, querido."

Ela puxou a filha nos braços, os dedos percorrendo as mechas branco-prateadas em uma demonstração de conforto. Ela fechou os olhos para evitar olhar para o corpo do falecido marido. Ela sabia que não seria capaz de lidar com tal visão. Visenya se aninhou no abraço da mãe, buscando um momento de consolo antes de se afastar.

Seu rosto estava sério quando ela encontrou os olhos da Rainha: “Mãe, tenho algo importante para lhe contar.”

"O que é?"

“Papai falou seu último desejo para mim. Ele disse que Aegon será seu sucessor”, respondeu Visenya.

A descrença se espalhou pelo rosto de Alicent: “Ele disse isso? Você está certo?"

Visenya acenou com a cabeça, “Eu perguntei a ele quem era seu sucessor e ele disse o nome de Aegon. Sor Harrold e Sor Erryk estavam na sala e também ouviram. Ele queria que Aegon fosse rei.” Uma mentira que ninguém além dela precisava saber.