Capítulo 7 - Bond e o tempo

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Bond estava deitado no tapete no quarto de Anya onde costumava dormir quando ergueu a cabeça em sinal de alerta

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Bond estava deitado no tapete no quarto de Anya onde costumava dormir quando ergueu a cabeça em sinal de alerta. Anya estava pegando sua bolsa para ir para a escola quando viu na mente do cão a premonição que ele estava tendo.

Eram cenas fragmentadas, um carro que viajava por uma estrada ladeada por fazendas, o telefone dos Forger que tocava e Yor o atendia, a boca de um homem velho que falava palavras sem som. A cena era substituída pelo carro que adentrava a cidade, Loid ia de encontro a sua chefe, Sylvia Sherwood. Loid expressava pânico e os outros espiões puxavam armas apontando para as sombras e atirando as cegas, a cena mudava para duas pessoas, um homem e uma mulher, que se moviam rápido demais, numa velocidade sobre-humana e sangue jorrava antes que os gritos das vítimas chegassem às gargantas. O rosto de Loid chocado se tornou claro antes que a premonição mudasse novamente e Anya sentiu seu sangue gelar. Na mente de Bond, Loid e Yor se encaravam frente a frente, estupefatos.

A visão de Bond continuava, mas Anya não conseguia mais ver, tudo na mente do cachorro estava ficando escuro.

— Anya, vamos, não podemos perder o ônibus para a escola. – disse Yor da cozinha.

Mas a menina nem mesmo conseguia responder. Ela estava em pânico. O voltaria naquela noite da missão secreta de pegar o traidor e a seria chamada para matá-lo.

— O que eu faço Bond? – perguntou ela agarrando o cachorro pelas bochechas, o chocalhando para que ele continuasse a lhe mostrar a visão.

Ela começou a ficar ainda mais preocupada, o e a não podiam descobrir a identidade secreta um do outro, seria o fim da paz mundial e Anya seria devolvida ao orfanato, mas ela não conseguia ler mais nada na mente dele.

— Anya, vamos, não podemos nos demorar mais.

— Mas eu... – choramingou ela, ainda tentando ler a mente do cão.

— Vamos, Anya, mais tarde podemos brincar com o Bond no parque.

Anya ainda tentava pensar em alguma desculpa quando a mulher a puxou pela mão, sem que ela pudesse fazer nada. Foi então que ela percebeu que também não conseguia ler a mente da e desta vez suas mãos ficaram geladas e suas perninhas gordas tremeram: era Lua Nova.

Ela não podia ler a mente de ninguém.

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Naquele exato instante, Twilight estava a caminho de casa com seus companheiros. Pela janela do carro eles podiam ver as fazendas passarem velozmente e ficarem para trás e o espião se perguntava se seria muito relaxante desaparecer e ficar numa fazenda por um mês ou muito entediante.

Uma parte dele, uma partezinha bem pequeninha, a quem ele não daria vez nem em sua mente, estava ansioso para chegar logo na Ostânia e voltar para sua família falsa. Bem, é verdade que se houvesse uma ceia feita por Yor esperando por ele em casa provavelmente seria sua última refeição, mas ainda assim, havia algo de reconfortante em abrir a porta do apartamento e ouvir a música repetida de Spy Wars e inalar o cheiro venenoso da comida de Yor.

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