Capítulo 11

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O tempo passou, e quase um mês depois eu decidi colocar minha investigação em prática, nesse meio tempo minha relação com Lucas melhorou muito, não podia dizer que eramos melhores amigos, mas pelo menos não brigávamos mais e conseguíamos manter uma relação cordial na empresa. Eu me pegava várias vezes olhando para ele da minha mesa, e podia jurar que ele ficava cada dia mais lindo. 

Foi mais fácil do que eu imaginava descobrir o que Diego estava escondendo, mas ainda assim fiquei em choque, porque não saberia nunca como contar para Lucas o que ele estava fazendo, e sim, ele tinha um caso com uma mulher, pior, ele era casado a mais de cinco anos com ela. 

Pedi a ajuda de um policial da delegacia com quem eu tinha feito amizade, ele conseguiu rastrear o telefone de Diego através de um programa que tínhamos na delegacia, não era algo legal, porque tudo que precisava ser feito na delegacia precisava do respaldo do delegado, mas eu assumi o risco, e consegui reunir provas contra Diego. Depois de junta-las em uma pasta eu me sentia um detetive com uma bomba nas mãos quando fui em direção a  mesa de Angélica contar o que tinha descoberto. Mas Lucas surgiu na minha frente com uma caneca na mão. 

- Oi, estava indo atrás de você. 

- Precisa de algo? 

- Não, e que eu pensei em marcamos de novo aquela rodada de jogos na minha casa. O Diego vai lá para casa hoje, e estamos com muita vontade de melhorar o nosso ultimo empenho. Você está bem? Está tremendo. 

Eu tinha uma dificuldade enorme para mentir, desde pequeno situações como aquela me deixavam nervoso, tão nervoso que coloquei a pasta para trás do meu corpo, movimento errado, porque Lucas percebeu e ficou ainda mais curioso. 

- O que você está escondendo ai? 

- Nada de mais, só um boletim de ocorrência que acabei de fazer. 

- Sério, o que foi dessa vez? Precisa de ajuda? 

- Não, eu estava indo para mesa da Angélica entregar para ela arquivar. 

- Mas o caso já foi solucionado? 

- Ainda não. 

- Mas então você não pode arquivar, deixa eu ver, quem sabe posso ajudar. 

Naquele momento acredito que percebendo meu nervosismo, Angelica se aproximou e puxou o documento das minhas mãos, assim que abriu ela ficou branca, então escondeu nas propiás costas e olhou de mim para Lucas com medo. 

- Gente, o que tem de tão grave nesse boletim?

- Nada amigo, pode deixar que eu e o Caique resolvemos juntos. Você não ia almoçar? 

Lucas fez cara de quem não iria deixar isso passar em branco, mas respirei aliviado quando ele saiu em direção a portaria passando ao lado de Angélica, mas em um movimento rápido que ela não conseguiu impedir, ele puxou a pasta das mãos dela e correu em direção a sua mesa, quando o alcançamos já era tarde, ele já lia os documentos. 

Eu não sabia o que dizer, Angélica se aproximou e colocou as mãos em seu ombro. 

- Sinto muito amigo. 

- Desde quando vocês sabiam disso? 

- Desconfiávamos desde o começo, mas não queríamos acusa-lo sem provas, você estava tão feliz que ficamos com medo de você não acreditar e achar que queríamos estragar seu relacionamento. 

- Então primeiro reuniram provas. E quando iam me contar? 

- Hoje mesmo, acabei de pegar as provas na sala de documentos, ia mostrar para Angelica, queria que ela me ajudasse a dar a noticia. Mas você chegou primeiro. 

Lucas se sentou em sua mesa, leu de novo os papéis e então vimos quando a lagrima desceu de seus olhos, eu me sentia péssimo por dar aquela noticia, e mas ainda por não poder fazer nada. Queria poder abraça-lo e dizer que ia ficar tudo bem, mas será que era verdade? 

Ele secou as lagrimas e levantou pegando as chaves do seu carro e a pasta. 

- Onde você vai? 

- Obvio né, vou confronta-lo, entender porque ele fez isso, e depois terminar. 

Sem dizer mais nada ele saiu em disparada pela delegacia, deixando eu e Angélica no mesmo lugar, olhando de um para o outro sem ter nenhuma idéia do que dizer. 

Eu Odeio Te AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora