Capítulo 20

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Eu queria não estar com as mãos ocupadas naquele momento para conseguir tirar uma foto, entramos em minha casa e encontramos minha mãe no sofá vendo TV, olhei para o lado e Caíque era o próprio fantasma, parecia que ia desmaiar. Sorrindo eu tomei a frente e fui até minha mãe lhe abraçar.

- Mamãe que surpresa, porque não avisou que vinha.

- Quis fazer uma surpresa, espero que não tenha problema.

- Se me disse que fez o jantar, problema nenhum.

- Claro que fiz, e o seu preferido.

- Lasanha?

- Claro, a não ser que tenha mudado de gosto.

- Não mesmo.

- Quem e esse seu amigo gato?

Olhei para Caíque que ainda estava no mesmo lugar, e ainda paralisado. Comecei a me preocupar.

- Mãe esse e o caíque, meu...

Minha vez de ficar sem graça, afinal ainda não tinha usado a palavra namorado para definir o que tínhamos. E Caíque ainda estava sem saber o que dizer o que não me ajudava nada. Minha mãe percebendo nosso nervosismo se aproximou de caíque e estendeu a mão.

- Acho que me lembro de você, dormiu aqui uma vez, pensou que Lucas fosse meu irmão.

Finalmente ele se mexeu e apertou a mão da minha mãe.

- E um prazer rever a senhora.

- E policial também?

- Sim, somos da mesma delegacia.

- Entendi, e há quanto tempo você transa com o meu filho?

Caíque ficou vermelho e olhou pra mim pedindo socorro.

- Mãe, pelo amor de Deus, ele ta quase morrendo de vergonha e a senhora ainda me solta essa.

- Ué, eu estou mentindo? A química entre vocês dois e palpável. Sabia que tinha alguma coisa quando vi você saindo correndo naquele dia.

- E, mas ainda não estávamos juntos naquele dia. Demorou um tempo para acontecer.

- Bom, então me senta e conta tudo, sei que tem uma linda história aqui.

Minha mãe puxou caíque pelas mãos e se sentou com ele no sofá, quando percebi os dois estavam conversando um papo lindo sobre nosso relacionamento, eu me sentei no outro sofá e quase chorei quando ouvi ele dizer o quanto eu tinha mexido com ele e o quanto me amava, era incrível ouvir ele falando e de vez em quando olhando para mim.

O amor tem dessas né, quem diria que um dia eu veria um homem com o histórico do caíque ali na minha sala conversando com a minha mãe como se eles se conhecessem há anos, e que orgulho da minha mãe que fazia ele se sentir bem vindo e tão confortável com ela, aquilo era tudo o que eu sempre tinha sonhado.

De noite depois de jantarmos, minha mãe foi para o quarto de visitas e nos dois ficamos no sofá juntinhos vendo filme. Eu estava com o rosto deitado em seu peito, meu lugar preferido de todos.

- Sua mãe e incrível Lucas, eu não imaginava que fosse ser assim tão perfeito.

- Eu sabia. Minha mãe sempre foi incrível, sempre me aceitou, sempre me amou, ela só quer que eu seja feliz.

- Achei fofo que você engasgou na hora de dizer o que tínhamos. Achei que fossemos namorados.

- Bom, nunca houve um pedido formal por nenhum dos dois.

- Isso e um a indireta?

- Digamos que eu não vou fazer pedido nenhum, então a bola está com você.

- Porque você não pode fazer?

- Não me parece certo.

Ele começou a me fazer cócegas, como quem estava mudando de assunto.

Mas pensando bem o que tínhamos naquele momento era tão especial que eu não via problema nenhum em dar um nome. Estava tudo lindo do jeito que estava.   

Eu Odeio Te AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora