O Que Vem Depois

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Estou bem cansada por causa de ontem, voltar para Forks foi a melhor coisa que fiz! Não tem nada melhor do que voltar para casa, para perto das pessoas que amamos.

Depois do banho de chuva conversei com o Ed e com a Amie sobre minha primeira vez com o Matt. Eles simplesmente surtaram ao ouvir e demos altas risadas. Também conversamos sobre o "relacionamento" do Ed com o Will, Ed está cada vez mais decidido sobre o que realmente quer. Estou torcendo para que dê tudo certo entre eles. 

Já são 7:30 e não sei porquê ainda estou na cama. Mesmo nos domingos não gosto de dormir até tarde, sinto que estou perdendo tempo e na situação que estou perder tempo não é uma coisa boa. Levanto, faço minha higiene matinal e caminho até a escada para descer os degraus.

Consigo ouvir minha mãe, Ed e Amie conversando. Um sorriso surge em meu rosto. Paro no meio da escada por sentir uma dor de cabeça, meu sorriso se afasta me fazendo fechar os olhos com força. Seguro no corrimão, estou tonta. Abro os olhos lentamente, tudo está girando, minha visão está turva.

O que está acontecendo? Acho que…

Narrado por Ed

– Anye está demorando, né? – Falo enquanto passo manteiga em um pão.

– Ela deve estar cansada da viagem, meu filho.

– E por causa do banho de… – Fuzilo Amie com os olhos, a impedindo de continuar falando.

– Que banho? – Minha mãe pergunta pondo as panquecas sobre a mesa.

– Como assim que banho?, tia Alya? Estou falando do banho de amor do Matt, ué. O que mais seria? – Dou risada para convencer minha mãe.

Não podemos falar sobre o banho de chuva que Anye tomou com o Matt ontem. Ela iria levar uma bronca e minha mãe acabaria deixando o Matt de castigo. Nem brincando.

– Vocês são muito engraçadinhos. O café está pronto, Ed, chama o seu pai.

– Onde ele está? – Pergunto levantando da cadeira.

– Na garagem, depois chama a Anye lá em cima, tudo bem?

Assinto e me assusto com um barulho vindo do corredor.

– O Sr. Cooper está destruindo a garagem? 

– Não foi na garagem. – Falo.

Minha mãe caminha pelo corredor com passos longos e pesados. Olho para Amie que está roendo a unha. Ela está nervosa. Eu também, mas por quê?

– ANYE!

Corremos até minha mãe ao ouvir seu grito desesperador. A cena que passa diante dos meus olhos é assustadora, é desesperador!

Anye está desacordada no chão, com a cabeça sobre as pernas da minha mãe, que se encontra em um choro soluçante.

– O QUE HOUVE? – Meu pai se aproxima do corpo frágil da minha irmã, tocando em sua cabeça à procura de algum ferimento.

A incerteza paira no ar, e o medo toma conta de mim.

O som da ambulância se aproximando é como um eco distante. É o som da esperança em meio à escuridão. Os paramédicos correm para dentro de casa e começam a cuidar de Anye, enquanto minha mãe, meu pai e nossa amiga estão completamente abalados.

A sirene ecoa alto quando Anye é colocada na maca e carregada para a ambulância. Eu não consigo tirar meus olhos dela, com medo do que pode acontecer. Meu coração bate descompassado, e as lágrimas inundam meus olhos enquanto eu a sigo para a ambulância.

O Último SuspiroWhere stories live. Discover now