Jungkwan 05

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Eclipse.

Diz a lenda que o sol e a lua sempre foram apaixonados simultaneamente. Todavia não podiam ficar juntos, pois a lua só nascia ao pôr do sol. Sendo assim os deuses com sua bondade vendo o quanto eles sofriam, criou o Eclipse, como prova que não existe um amor impossível no mundo. Essa era uma amostra que ninguém consegue ser sozinho, pois, sempre que a lua está lá brilhando na escuridão o sol fica próximo de si deixando sua quentura e luz próxima de seu amado.

Mas foi em uma desses Eclipse, numa noite calma, bonita e fresca, onde a lua podia ser amada e encontrava o seu sol; um ser estava preso entre correntes negras se debatendo gritando aos prantos, enquanto via seu amado, seu amor, sua vida, a única pessoa que foi responsável por despertar os sentimentos mais humanos possíveis em seu peito sendo morta pelas presas do vampiro de cabelos negros e olhos extremamente escuros, deixando o sangue escorrer pela sua boca.

— N-não me deixe Jungkwan — pediu chorando, e aquela havia sido a primeira vez que o feiticeiro chorava, que sentia seu peito doendo, se rasgando enquanto metade da sua alma era levada consigo — J-jungkwan…

— E-eu te amo — disse com a pouca voz que lhe restava — Eu voltarei para ficarmos juntos.

Jungkook abriu os olhos, indefinidamente ofegante e suportava a dor da mordida em seu pescoço cicatrizada, ardendo de maneira terrivelmente; seus mirantes oscilavam à medida que estavam completamente banhados em lágrimas enquanto seu peito se penalizava em uma imensa tristeza por algo que nem mesmo sabia compreender.

Na mesma proporção que o Jeon passava por isso; a poucas distâncias Jimin se encontrava abespinhado! Estava com tanta raiva que nem se refreou em disparar outra garrafa de bebida cara que tinha em sua casa na parede que se despedaçou-se em fragmentos na hora em que se abalroou na amurada dura do quarto.

Estava tudo dando errado.

Isso havia começado no dia que decidiu salvar aquela praga angelical! Maldita hora que decidiu ouvir seu coração e não seu mente que dizia que iria dar merda se ele fosse.

— Inferno! O que aquela diaba está fazendo? — praguejou sentindo sua cabeça latejar e seu corpo começar a queimar — Que ódio! — começou arranhar sua pele fazendo com que a mesma sangrasse e Jimin sentia que o chão que pisava estava mais mole, quente e parecia pisar em fogo — Aélis, eu não vou voltar! Desiste disso! — fechou os olhos e abriu os braços começando a murmurou — Tutela ab omnibus quae me laedere voluerunt — disse sentindo um alívio passar pelo seu corpo imediatamente — Hoje não mãe — disse debochado.

Suspirou baixo vendo seu braço arranhado, mas nada que um pouco de magia não resolvesse. Caminhou em passos lentos para seu quarto, sentou-se na cama sentindo o Asmodeus subir e ficar lhe encarando.

— Não sei quanto tempo irei aguentar, Asmodeus — disse cansado — Não sei como as coisas vão ficar. O que eu vi me perturba. Me machuca. E nem consigo achar uma solução para que isso se resolva.

Jimin suspirou cansado e imediatamente se deitou com a cobra em seu peito já que o roupão que lhe cobria estava aberto, e o feiticeiro estava completamente nu sobre os lençóis.

— O que eu faço Asmodeus? E se acontecer o mesmo que Jungkwan tempos atrás? — a cobra o olhou mostrando a língua e Jimin apenas concordou.

"É aquele anjo, né? Tem medo de acontecer o mesmo com seu antigo amado?" — Asmodeus falou em língua de cobra e esse era uns dos dons que o Jimin havia recebido do seu pai Yoongi.

— Não sei como ajudar o Jungkook. Ele é um anjo tão complicado. Eu devia deixar ele se casar e o deixar longe de mim.

"Você está sofrendo, mestre! Está sofrendo por estar longe do seu companheiro. Como soube da ligação?"

Liberta-me Para Que Vivas °JikookWhere stories live. Discover now