O Primeiro Teste Pro Resto De Suas Vidas | Jonnor

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                                       Joe pov's

— Você é louco?! — falei para Kit, quando entramos no carro.
— Depende. Mas quer mesmo saber? — ele responde.
— Ah, você com certeza é. Pelo amor de deus, Kit...

É melhor eu explicar.

Bom, o elenco teve uma cooperativa de emprensa hoje.

E é só agir como agimos naturalmente, certo? Ninguém desconfiaria de nada.

Porém, meu belíssimo companheiro não ajudou muito na situação.

Em algum momento, teríamos que dar entrevistas e tals.

Um entrevistador queria falar comigo e Kit.

A entrevista estava correndo bem. Mas, em um momento, ele direcionou uma pergunta para Kit.

"O que você acha das pessoas falarem que vocês dois formam um belo casal e que deveriam ficar juntos, esse tipo de comentário?", foi a pergunta do entrevistador.

Eu achei que, como eu esperava, ele desviasse do assunto para não responder.

Mas por que as pessoas nunca fazem aquilo que eu espero?

Kit simplesmente respondeu: "Eu acho que, como fãs, as pessoas se emocionam muito, e eu super entendo, já estive no lugar de vocês...".

Eu achava, sinceramente, que ele iria parar por aí, mas não parou. Ele simplesmente olhou pra mim, de um jeito que não deveria olhar em público, e falou "...mas eu não acho que seja má ideia".

E é isso que tá me matando agora. Eu sei que isso é bom pra nossa audiência e tudo mais. Mas a intenção é que o público não saiba agora, não é? Isso não ajuda.

Claro que, quando ele falou isso, eu tentei me manter o mais natural possível e agi como se super tivesse levado a "brincadeira" pro lado leve.

— A gente sempre tirou esse tipo de brincadeira nas entrevistas, vai ser de boa. Relaxa — ele tentou me acalmar. Enquanto isso, estava dirigindo.
— Relaxar? Acha que é fácil relaxar? Aquilo foi gravado, e provavelmente vai ser postado — digo — Dizer que é verdade fazendo parecer mentira é uma péssima ideia, Kit.

— A carapuça só cai na cabeça de quem deve, amor — ele diz, rindo.
— Acho engraçado? É sério?
— Não, é que... tipo, você nunca viu problema antes mas, agora que realmente existe alguma coisa, você vê o problema.

— Tudo bem — respiro — Tá. Eu vou fingir que tô tranquilo com isso até realmente ficar. — realmente quero fazer isso — Ah, uma outra coisa. Por que está estranho nos últimos dias?

— Como é? — ele para o carro. O tempo passou correndo. Já estamos na casa dele.
— Isso mesmo. Você tá estranho nos últimos dias — repito — Anda. O que aconteceu?

— Nada — ele dá de ombros.
— Ah não. Tem alguma coisa sim. Você e o resto dos atribulados que eu chamo de amigos. Vocês estão conversando e, quando eu chego, simplesmente se calam, como se não quisessem que eu soubesse o que estavam falando. Nunca tivemos isso — falo, sem medo.

— Impressão sua, amor.
— Nem vem com "amor" porque eu quero saber o que é. Agora.
— É que eu não posso falar — ele diz, sorri de canto e sai do carro.
— Isso é sério? — saio do carro também — Vai ficar de segredos agora? Lembra do que combinamos?

Estamos entrando em casa. Virou um costume muito grande dormirmos um na casa do outro.

— Eu só realmente não posso falar agora — ele acende a luz da sala.
— Vai. Fala — eu tento apelar para outro lado e passo os braços em volta do pescoço dele — Eu tô curioso, só isso. Diz o que é, por favor...

— Não sei se serve de consolo — ele me dá um beijo — Mas eu ainda não vou falar.
— Vai ser assim então? — provoco — Se não me contar, eu vou ficar chateado.

— Não se preocupa. Amanhã você vai saber do que se trata — ele diz. Eu me solto dele.
— Já vi que eu não vou conseguir nada por hoje — viro de costas e pego meu celular.

— Na verdade... — sinto ele me abraçar por trás e apoiar a cabeça no meu ombro — pode conseguir muita coisa por hoje.
— Ainda não é o que eu quero — digo. Eu realmente tô curioso com tudo isso.

— Tem certeza? — ele dá um beijo no meu pescoço.
— Anda. Vamos subir — digo-lhe, o arrastando pela mão.

  
                                              🏳️‍🌈🍂