Capítulo 8

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NÃO REVISADO!

Natasha Pov

A minha permissão foi concedida mas eu estava trêmula para fazer qualquer coisa, é claro que eu esperava por essa resposta, só não tinha uma reação exata para ela.

Eu desviei meu olhar do seu rosto e olhei ao nosso redor vendo grupos de pessoas sentadas na areia jogando papo fora, crianças correndo com seus cachorros enquanto seus pais estavam abraçados as observando, jovens jogando vôlei ou brincando de cartear a bola.

Wanda parecia nervosa ao meu lado e pela minha visão periférica eu conseguia vê-la me olhando, seus dentes de cima mordiam com força seu lábio inferiore e eu estava ficando preocupada com seu nervosismo.

Observei o mar e vi ondas se formando ao longe, ondas essas que se quebrariam próximas aos nossos pés. Mordisquei meu lábio inferior nervosa e olhei a lua, ela estava linda e brilhava tanto que chegava a ofuscar o brilho das estrelas. A brisa fria bagunçou meus cabelos e eu suspirei pesado.

— Natasha? — Wanda sussurrou e eu tive medo de olhá-la.

Medo porque Wanda é uma mulher incrível e eu não quero confundi-la com a minha confusão, não quero ter que contar cada coisa delicada que já aconteceu na minha vida de merda, mas eu sei que uma hora ou outra eu contarei e me sentirei aliviada ao dizer.

Eu queria tantas coisas com Wanda, na verdade, eu sempre quis só era incapaz de assumir. Havia tantos fatores complicados para que essa relação desse certo, e se ela soubesse dos meus segredos? E se ela brincasse comigo?

Fechei meus olhos com força e respirei fundo, o pior de tudo é que mesmo se ela só quisesse brincar comigo, eu me submeteria à isso apenas para tê-la por um momento.

— Nat, se você não quiser fazer isso, tudo bem. Você não precisa fazer ao não ser que queira — ela me tranquilizou, sua mão pousando em minha coxa e eu prendi a respiração.

— Eu quero — confessei e a encarei.

Wanda tinha um sorriso em seus lábios, seus olhos brilhavam refletindo a lua e meu estômago deu inúmeras cambalhotas, cheguei a pensar que eu fosse vomitar pela quantidade grotesca de borboletas batendo asas dentro do meu corpo.

Levei minha mão novamente até sua nuca e entrelacei meus dedos em seus fios, apertando com um pouco de força pelo meu nervosismo. A puxei devagar em minha direção e ela veio, seus olhos fechando no caminho. Inclinei-me para frente e nossos narizes se tocaram, fechei meus olhos e passei minha língua em meus lábios, deixando-os molhados e dei-lhe um selinho longo.

Wanda não aprofundou o beijo, pelo contrário, ela afastou-se e eu me arrependi nesse instante. Fechei meus olhos com força e suspirei alto, odiando agir pela emoção e não pela razão.

— Maximoff e-eu...me desculpa — pedi quase desesperada.

Ela riu e sacudiu a cabeça em negação, segurando em meu pescoço e puxando-me em sua direção, eu estava surpresa, confesso. Ela colou nossos lábios em um selinho e antes que eu pudesse me afastar, ela tocou com sua língua em meus lábios em um pedido silencioso para que pudesse adentra-lós.

Entreabri meus lábios e senti sua língua quente tocando a minha em uma leve carícia, o beijo era molhado e continuava delicioso assim como eu me lembrava. Nossas línguas bailavam juntas como se necessitassem uma da outra para se movimentarem, elas lutavam pela dominância e, felizmente, eu perdi.

Por mais que eu não quisesse aceitar, havia muitas emoções e sentimentos naquele toque, havia tantas coisas. Saudade, paixão, tesão, necessidade...

Noiva por 365 dias Where stories live. Discover now