Capítulo 14

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Peço perdão pela quebra de tempo, mas ela é totalmente necessária para o rumo da história.

Estava completando seis meses que Natasha e eu estávamos juntas, foram os melhores seis meses da minha vida. Nós nos dávamos super bem como um casal, apesar de pequenas brigas por ciúmes, mas sempre nos resolvíamos no final do dia.

Por mais que Natasha dissesse que sentia muito por não conseguir demonstrar seu amor por mim, ela o sentia com todo seu coração. Eu sabia disso. Ela achava que não demonstrava tanto quanto eu merecia, mas ela fazia mais do que imaginava. Eu recebia flores ou chocolates pelo menos duas vezes na semana, era sua forma de demonstrar seu amor.

Na empresa ela continuava a mesma Natasha de sempre, a megera! Mas quando estávamos em seu escritório jogando conversa fora, ela acabava deixando escapar um apelido ou outro. No dia seguinte ao que começamos a namorar, Yelena e Kate ficaram mais animadas do que nós, dizendo que deveríamos comemorar aquele dia tão especial. Quando estávamos a sós, Lena disse que estava muito feliz por eu ter alcançado meu "objetivo" final, por mais que meu objetivo fosse só ficar com a irmã dela e depois agir apenas como a boa secretária que eu era.

Mas é claro que eu me apaixonei assim que meus olhos alcançaram seu corpo nu e minhas mãos o tocaram, confesso que tinha gostado da imagem dela daquele jeito. Com o tempo meus sentimentos foram se desenvolvendo e eu não gostava só de sua aparência, eu gostava dela por completo e fiz questão de deixar claro nesses seis meses.

Não me imaginava em uma situação dessas, uma situação digna de um filme onde a mocinha se apaixona por seu chefe. Não achei que fosse possível um clichê desses acontecer na vida real, ainda mais comigo.

Bom, o resultado disso?

Estou agora, nesse exato momento, enchendo uma pequena mamadeira de leite para o meu filho. Sim, meu filho. Desde que Natasha me deu carta branca para me dirigir para ele como tal, Henry vem fazendo o mesmo.

— Mamãe? — sorri ao escutar a voz sussurrada na porta da cozinha, virei-me para trás e vi seus cabelos bagunçados e seu ursinho de pelúcia arrastando no chão.

— Sim, querido? — sorri para ele que vinha em minha direção, erguendo seus braços para que eu o pegasse no colo, assim eu fiz — O que houve? Teve um pesadelo? Sua mãe não acordou?

— Quero mama — ele resmungou, deitando sua cabeça em meu ombro e apontando para a mamadeira.

— Vamos para o quarto, mas tente não acordar sua mãe. Ela está cansada — avisei e ele assentiu.

Noite passada Natasha teve que ficar no escritório para uma reunião de urgência e acabou chegando de madrugada, pegando a manhã de hoje como folga. Ela chegou exausta em casa e custou tomar banho, estava pingando de sono.

O quarto estava sendo iluminado apenas pela fresta que passava por baixo da porta do corredor, entrei junto com Henry e tentei fazer o mínimo de barulho possível. Me sentei na cama com ele ainda em meu colo e segurei a mamadeira entre seus lábios, desviando meu olhar brevemente para Natasha.

Olhei no relógio da cabeceira e ainda eram 05:37 am. Henry estava lutando contra o sono e um sorriso brilhava em meus lábios enquanto eu observava Natasha dormir. Seus lábios estavam entreabertos e em um biquinho adorável, seus cabelos esparramados pelo travesseiro. Uma das visões mais bonitas que eu poderia ter.

Seus olhinhos foram se abrindo aos poucos até que ela conseguisse enxergar totalmente bem, ela piscou algumas vezes enquanto olhava para mim, antes de deixar um pequeno sorriso abrir em seus lábios.

— Bom dia meu amor, está acordada faz tempo? Que horas são? — perguntou erguendo seu corpo da cama.

— Volte a deitar, querida. Acordei para fazer o "mama" de Henry mas já vou dormir de novo, é cedo ainda e nós vamos trabalhar só na parte da tarde — comentei.

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⏰ Last updated: May 02 ⏰

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