Capítulo 10

390 44 31
                                    




Natasha acordou com o suor escorrendo por suas têmporas, seu peito subindo e descendo freneticamente enquanto tentava controlar sua respiração, o oxigênio no quarto parecia pouco para fazê-la respirar corretamente.

Ela sentou-se sobre o colchão e piscou inúmeras vezes para que conseguisse enxergar mais que um borrão, esticou sua mão e procurou pelo botão que ligava o abajur logo o acendendo. Demorou um pouco até que seus olhos se acostumassem com a claridade, mas quando se acostumaram, Natasha olhou ao redor do cômodo em busca de algo que mostrasse que seu pesadelo fosse real.

Procurou os pedaços de sua calcinha de renda vermelha no chão do quarto, mas felizmente não encontrou e pôde suspirar em alívio. Ergueu seu pijama vermelho e olhou atentamente para seu abdômen onde achou pequenas marcas roxas, quase amareladas, indicando que já estavam ali há algum e logo desapareceriam. Sentiu-se aliviada quando lembrou que as marcas em seu abdômen fora deixadas por sua "noiva" e, por último, Natasha olhou para seus punhos em busca da marca do aperto que lhe fora depositado.

Sua respiração alta soou pelo cômodo quando ela teve total certeza de que era apenas um pesadelo, horrível, mas, ainda sim, apenas um pesadelo. Natasha temia que aquela situação acontecesse com ela outra vez, tinha medo de não saber lidar e cometer uma besteira, tinha receio de que não fosse forte como da primeira vez. Apesar de ser um pesadelo dessa vez, Natasha teve gatilhos e não conseguiu mais dormir naquela noite e precisava daquele descanso, mas não teve.

Elas chegaram de viagem na segunda-feira à noite e completamente cansadas, Natasha ainda desfez suas malas, banhou Henry e depois organizou as roupas sujas na máquina e as limpas de volta para o guarda-roupa, as dores em suas pernas e cabeça indicavam o cansaço. Natasha foi dormir aproximadamente às duas da manhã e acordou com o pesadelo às três e meia.

Ao amanhecer do dia, Natasha levantou-se da cama completamente mau humorada, abaixo dos seus olhos tinham olheiras e seu corpo doía ainda mais.

Direcionou-se até o banheiro e tomou um banho frio tentando relaxar seu corpo pelo menos um pouco, o que funcionou moderadamente. Fez suas outras higienes matinais e colocou seu melhor terninho preto, afinal, hoje haveria uma reunião de extrema importância.

Depois de pronta e com o corretivo bem passado sobre suas olheiras, Natasha achou-se aceitável e saiu do quarto, acordando Henry para o café da manhã. Ele estava de férias, então Natasha o deixaria com a babá para ver se ele se adaptava, caso contrário, o levaria até a empresa junto dela.

Henry não se dava bem com pessoas diferentes, ele era muito tímido para fazer amizades fáceis e confiar em alguém. Ele gostava da companhia de sua mãe, é claro, e a companhia de Wanda que passou a ser essencial quando ele a conheceu. Até mesmo com a própria família Henry era retraído, era muito apegado com Natasha e Wanda. Então, caso não conseguisse ficar com a babá seria levado para ficar sob os cuidados da própria mãe.

Wanda já se encontrava na empresa conversando com Darcy e Sam e os atualizando sobre o seu final de semana, recebendo piadinhas sobre os chupões em seu pescoço.

— Qual é... vocês não transam? — cochichou aborrecida, tentando esconder as marcas com o cabelo.

— Desde quando vocês começaram a namorar, sabe-se lá quando, você nunca apareceu com marcas no pescoço — pontuou a morena.

— Eu também deixaria a chefe me marcar de qualquer forma possível, imagina ter um chupão enorme no pescoço e poder encher a boca para dizer que foi Natasha Romanoff que deixou! — Sam acrescentou.

— Eu diria que a sortuda é a Natasha caso Wanda tenha a marcado — Darcy deu de ombros.

— Tenho a leve impressão que você está dando em cima da Wan há alguns dias — o homem ergueu a sobrancelha e Wanda encarou sua amiga.

Noiva por 365 dias Onde as histórias ganham vida. Descobre agora