Capítulo 11

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Wanda Maximoff

— Mãe?! — perguntei e automaticamente fiquei estática na porta, apesar de Henry ter dito que uma mulher parecida comigo estava na porta, não cheguei a acreditar que realmente fosse.

Mamãe estava diferente de onze anos atrás, seus cabelos ondulados estavam bem maiores e batiam em sua cintura, marcas da idade estavam presentes no canto de seus olhos, não estava tão magra quanto anos atrás.

Seus olhos percorreram meu corpo em uma análise silenciosa, onde eu sabia que ela faria alguns questionamentos assim que entrasse para dentro.

Eu sentia sua falta, como sentia. Sentia falta de seus conselhos, seus puxões de orelha, seus abraços aconchegantes e os elogios que ela vivia fazendo constantemente. Claro que isso esfriou com o tempo, nós não conversávamos por mensagem, nem por ligações e muito menos nos víamos pessoalmente durante os anos em que não nos vimos.

A última vez que nos falamos por mensagem foi quando eu fiquei muito doente há uns seis anos atrás. Mas nosso único diálogo foi "Fiquei sabendo que está doente, já consultou um médico?" "Sim mãe, já procurei um médico" "Ok. Melhoras." e só. Não trocamos mais nada além disso.

Mamãe ainda conversava com Pietro constantemente e ele a visitava quando tinha folga prolongada, todo mês, na verdade. Magda nunca vinha até Nova Iorque para que não houvesse a mínima possibilidade de me encontrar.

— Wanda?! — ela chamou pelo que parece ser a quinta vez até que eu a encarasse de volta sem êxtase.

— Mãe.

Como senti saudade daquela voz, a mesma voz que cantava músicas para que eu e Pietro dormíssemos todas as noites.

— Não vai me chamar para entrar? — ela perguntou e eu permaneci a olhando — Ou vai recusar minha entrada assim como fez com as minhas ligações?

— Mãe, não é um bom momento...— iniciei mas ela logo me cortou.

— Nunca é um bom momento para você, não é?

Eu suspirei profundamente e maneei a cabeça em positividade, afastando-me da porta para que ela pudesse entrar.

— Onze anos sem te ver e você tem um filho? Um filho Wanda! Sério? — ela perguntou em total incredulidade.

Um filho? Tentei procurar no fundo da minha mente em que momento daquela conversa de três minutos que eu dei indícios de que teria um filho, afinal, eu não tinha. Claro, até me lembrar que Henry tinha aberto a porta.

Eu cocei minha testa em um claro sinal de confusão, por mais que Henry não fosse meu filho, eu não sabia ao certo o que dizer para que ela acreditasse.

— Você está noiva?! Wanda! — ela me encarou com seus olhos verdes arregalados, só então percebi que cocei a testa com a mão que a aliança estava.

— Mãe...— eu repreendi como se pedisse para que ela não tocasse naquele assunto.

Eu odiava mentir para a minha mãe, mesmo que anos houvessem passado. Não queria ter que dizer que estava noiva sem realmente estar.

— O quanto você escondeu de mim, Wanda? Um filho e um noivado? Eu pensei que você tivesse saído daquela situação em que se encontrava dez anos atrás, mas, pelo visto, você afundou mais... — ela dizia ressentida e meu coração se apertava cada vez mais.

Noiva por 365 dias Where stories live. Discover now