CAPÍTULO 19 - O ANTÍDOTO

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5 horas pra fazer, e um segundo pra curtir sabe...😔*

Eu respirava ofegante, sentada em um canto do salão comunal da Sonserina, enquanto ele me procurava. Se ele já sabia, quem mais podia suspeitar do que eu fiz? Já podia visualizar os comentários “ela é uma péssima, péssima pessoa.” As lágrimas escorriam involuntariamente, enquanto os pensamentos atravessavam minha mente, foi inconsequente, foi imprudente e completamente impensado. Mas em algum momento da sua vida, você se sentiu impotente? Como se ninguém no mundo fosse capaz de ficar por você?! Sempre o problema, aquela para quem as pessoas diminuíam o tom de voz quando entrava na sala. A terceira de quatro filhos, não o primogênito digno de glória, e nem o caçula digno de atenção, nem mesmo a primeira filha para ser a garotinha do papai. A terceira é sempre esquecida. Se o meu pecado foi o desejo de me sentir amada, eu aceitaria que me incediassem.

— Na moral, Karin, onde você tá?! Não adianta fugir, eu não terminei.

Suigetsu entrou na sala me buscando impaciente. Ele estava me colocando contra a parede, tentando arrancar de mim uma confissão. Era ainda mais doloroso, ver que todo mundo achava que era simplesmente impossível que alguém me amasse, até mesmo ele...

Me mantive em silêncio, fechando os olhos com força enquanto as lágrimas escorriam em meu rosto, mas meus soluços eram altos demais para que ele não me encontrasse agachada atrás da poltrona verde e prateada, que ficava no cantinho mais escuro da comunal. Escondi meu rosto nos joelhos tentando ignorar sua presença, eu só queria que aquilo passasse, quando senti alguém se abaixar bem na minha frente, tentando com delicadeza me fazer olhar pra ele.

— Ka, fala comigo. A gente pode mudar as coisas, só que preciso que você me diga o que fez.

Levantei o rosto, era possível ver a tempestade se formando em meus olhos.

— O que você quer que eu confesse exatamente, Suigetsu? Eu não sou seu problema, então por que está aqui ?

— Você sempre vai ser meu problema, Karin, só me escuta por favor.

— Você quer que eu confesse? Tá bom! Eu confesso, confesso que acredito sim que nunca ninguém me quis de forma genuína, Suigetsu, então sim eu fiz algo a respeito.

Suigetsu se afastou e deu uma risada sarcástica, mas que merda, do que caralhos ele tava rindo, isso não tem graça! Não era isso que ele queria?

— Você não deve tá falando sério? Puta merda.

Me levantei enxugando as lágrimas com as costas das mãos pronta pra brigar com ele, quem diabos ele pensava que era, pra rir quando eu abaixava a guarda daquela forma?

— Não era isso que você queria? Uma confissão, do que você tá rindo?!

— É esse o motivo Karin? É por isso que enfeitiçou o Sasuke?

— Eu não enfeiticei ele se quer saber? Foi poção.

— Sabe o que me deixa mais puto, Karin?

Ri de forma debochada porque ele realmente não estava me ouvindo, preferia igual todos os outros, me acusar.

— Você não está me ouvindo? Vamos lá, senhor Hozuki, qual é a minha sentença por ferir os regulamentos da escola de Magia e Bruxaria? De qual forma você prefere me incendiar? Métodos trouxas utilizados na sua comunidade? Ou métodos ensinados na escola? Esse deve ser o lado bom de ser mestiço, você conhece o melhor dos dois mundos.

Debochei dele. Um poltergeist me disse uma vez que a melhor defesa é o ataque. Queria me insultar com meus pontos fracos? Eu entraria no seu jogo, e eu era uma ótima jogadora quando o objetivo era ferir alguém, tinha que admitir, minha língua sempre foi muito bem afiada e um tanto..  cruel. Cruzei os braços e o encarei, que num impulso veio na minha direção, me puxando pela cintura, não consegui evitar sua aproximação, quando ele me beijou.

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