Capítulo 1- Medo

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Elisabeth Cooper

Me levanto da cama sonolenta tentando raciocinar oque havia acontecendo. Um barulho alto vindo da cozinha não parava de tocar me dando curiosidade de ir até lá ver oque era.

E desço as escadas acariciando minha cabeça que sentia dor. E vou a pia do banheiro lavar meu rosto para acordar melhor. E sinto alguém me sondar por trás me deixando com arrepios pelo corpo todo. E lavo meu rosto as pressas com as mãos e me olho no espelho que se encontrava a frente, examinando meu estado crítico pela manhã.

E novamente sinto a mesma sensação ruim, de alguém estar me perseguindo. Mas não dou ouvidos, deve ser coisa da minha cabeça. E vou até a cozinha seguindo o barulho que vinha da minha porta de entrada. E franzi o cenho, não fazia idéia do que seria esse estrondo.

E quem séria louco de aparecer na minha casa uma hora dessas? Mas dou de ombros, indo até meu balcão da cozinha e pego meu remédio de dor de cabeça e engulo nos queixo com ajuda d'água. Aquela dor insuportável que sentia precisava passar.

E o barulho de antes continuava a ecoar, me dando arrepios, e aquela sensação ruim que sentia não ia embora, já me deixando com crises. Não posso ficar com medo, não agora, logo de manhã.

-Tem alguém aí? - Grito, ao escutar o som na minha porta várias vezes. E se for um psicopata? Eu preciso me proteger, minha mãe sempre me ensinou que não posso abrir a porta para qualquer um.

- Por favor isso não tem graça. Se for alguém que apareça agora. - Grito, eu já estava apavorada. Minha voz quase não saia, minhas pernas já estavam trêmulas de medo. Deve ser os malditos traumas do passado, que me aterrorizam. Ok, talvez eu tenha muito medo, medo que aconteça de novo. Essa ansiedade acaba comigo, aos poucos.

E tenho a brilhante idéia de pegar algo que me defenda, e me proteja. Não sei quem pode estar por trás dessa porta, pode ser qualquer louco. E pego uma faca na pia de louças, e vou até a porta.

E sinto o suor percorrer meu corpo, deve ser pela ansiedade, e curiosidade de saber quem está me infernizando de manhã. Se for algum psicopata doentio eu acabo com ele agora.

- Amiga abre a porta. - Escuto uma voz feminina familiar. - Sou eu Martina. - Ela continua a falar, me dando um grande alívio, e o peso que sentia. Malditos traumas do passado.

E abro a porta, me dando de cara com ela. Martina usava um vestido preto colado, com uma jaqueta por cima, e um salto não muito alto da mesma cor. Estava deslumbrante, ou talvez de luto.

- Vai para um velório? - Brinco, e ela ri do meu deboche.

- Lógico que não, meu amor. Quem vai, é você, pelo visto, olha esse lugar, horroroso. Essa casa, assombrada... Por que não alugou outro lugar melhor pelo menos? - Ela disse com aqueles lábios avermelhados de batom, me encarando por alguns minutos. E solto um riso.

Talvez, Martina tenha razão. A casa que aluguei parece ser um pouco assombrada. Mas quem liga para isso? Eu moro aqui sozinha faz uns dias, e não vejo nada de mais. O aluguel estava muito barato, tive que aproveitar.
E reviro os olhos, olhando pra mesma.

- Você podia soltar a faca, pelo menos. Não vou te matar. - Ela disse, ligando o isqueiro para fumar um cigarro, olhando pra mim. E sorrio, vendo o objeto cortante, que peguei, a minutos antes. Tinha até me esquecido disso. E devolvo no mesmo lugar.

- Oque há de errado com você?- Ela pergunta, me analisando, querendo ler meus pensamentos.

- Nada de mais... Estou ótima.- Falo com um sorriso falso, olhando pra ela que soltava fumaça da boca. E ela franzi a testa, com uma cara de quem não acreditou no que disse.

CRIMINOSO OBSESSIVO Onde histórias criam vida. Descubra agora