Babi

02

DOIS ANOS ATRÁS,
ANGRA DOS REIS.

— Parece que é a única dessa casa que não tá de ressaca, são nem 8horas da matina e tu tá lavando louça. — a assombração do Rogério apareceu com aquela voz dele atrás de mim e eu dei pulo.

— Aí meu Deus, quer me matar do coração? — falei colocando a mão no coração e me virando de frente pra ele.

— Relaxa ruiva, deixa isso aí que tem quem lave. — ignorei e virei de costas novamente terminando o que eu havia começado.

Odiava começar as coisas e depois de terminar, além do mais não me custava. Eu estava comendo de graça, dormindo de graça e aproveitando esses dias também no 0800, não gostava da sensação de explorar alguém, ainda mais que acolhe como se fosse da família.

— Vai ficar me ignorando? — perguntou chegando mais perto de mim, encostando suas costas na pia, enquanto me olhava de lado.

— Igual você fez comigo ontem — falei baixinho, o ignorando de novo.

— Fala baixo não pô, fala alto pra eu ouvir, virou gata pra ficar miando? — falou cruzando os braços na altura do seu peitoral e eu precisei respirar fundo pra não perder os ensinamentos de Jesus e não mandar ele ir a merda.

E pra acabar me de me irritar, ele meteu aquela mão enorme na bica, fechando a torneira, a sorte é que eu tinha acabado, vontade de meter um prato na cabeça dele.

— Já te disseram que você é insuportável Rogério? Meu Deus, você me tira da minha graça e olha que só te conheci ontem — falei secando as mãos e depois colocando as mãos na cinturas, bufando de ódio.

— Ah, agora ela tem voz?  — perguntou e pela a primeira vez ele sorriu, de um jeito debochado, mas foi alguma coisa.

— Ah e agora você sabe sorrir, senhor emburradinho? — perguntei fazendo graça e ele fechou a cara na hora fazendo um tsc com a boca.

Eu precisei levantar a cabeça pra olhar pra ele com os meus pobres 1,55 de altura e ele essa muralhada enviado de não sei aonde, sei sim, do cão.

— Sou obrigado agora a ficar rindo pra tú? Rio pra quem eu quero pô, hãm, vai vendo. — se aproximou mais de mim, se abaixando pra ficar um pouco na minha altura e soltou algo parecido como um tchun e eu revirei os meus olhos.

— Cara você é um babaca e olha que eu não costumo perder minha paciencia fácil, mas você consegue tirar o pior de mim. Amansa esse teu ego que eu não ver o teu sorriso não, inclusive amarelo e com esse aparelho sem manutenção ridículo, inclusive procura um outro dentista porque você tá com um bafo horrível, seu enviado do cão, bafudo — sai de lá correndo e só escutei ele me xingando um... filha da puta.

✨️

Depois que eu saí da cozinha igual o coisa ruim foge da cruz, eu acabei vindo passear de lancha com tia Kelly, Bebel e o pai dela que chegou agora na hora do almoço e o... Rogério, af.

Ele não parava de me encarar como se quisesse me enforcar, a sorte é que nem tinha percebido, bom, eu acho né. Tia Kelly tinha dito que ia dormir e o seu Renato foi atrás, eles eram separados, estilo cão e gato.  Isabel estava apagada desde que entramos na lancha, diz ela que o mar deixa ela enjoada, o nome disso é cachaça e eu fiquei aqui, sozinha com esse traste quase me matando viva, virei até de costas e fiquei observando a calmaria e aproveitando a maresia.

Estava bebendo uma taça de casa perini com pedaços de morango, eu não sou muito fã de bebida alcoólica, mas eu gostei bastante desse drink, minha amiga fala que a bebida do amor.

Senti uma sombra atrás de mim, porém nem deu tempo de virar, quando eu senti seu corpo prensar ao meu, colocando seu peitoral em minhas costas e seus dedos enrolarem com uma certa força em meu cabelo, me fazendo jogar a cabeça pra trás.

— Aí Rogério, me solta — falei e ele apertou mais.

— Repete se tu é mulher o que tu falou pra mim na cozinha. — falou sussurrando no meu ouvido e depois mordiscou a ponta da minha orelha.

— Que você era o que? Um babaca, prepotente, ego altíssimo e você não é isso tudo. — falei com dificuldade.

— Aé? Mais o que? — ele apertou ainda mais e riu incrédulo.

— Rogério... — tentei levar minhas mãos até a dele pra tirar, mas ele foi mais rápido e com a mão livre segurou o meu pulso.

Eu não sei porque, mas eu não estava sentindo tanto dor com os puxões de cabelo, era uma dor suportável, até gostosa, não sabia porque no meio das minhas pernas eu me sentia com tanto fogo e eu só, sem querer deixei soltar um gemidinho baixo.

Eu sabia de algumas coisas, não era burra, mas eu nunca havia sentindo tão forte esse calor.

—  Você quer apostar que se o babaca, prepotente e com o ego lá encima meter a mão na porra desse teu biquíni minúsculo, essa tua bucetinha virgem vai tá meladinha pra mim, sua filha da puta? — falou no meu ouvido, roçando o cavanhaque dele no meu pescoço.

Ele soltou a mão que estava segurando o meu pulso e enfiou suas mãos por dentro da minha calcinha, passou lentamente um dedo pela a minha entrada e depois o outro, era tão gostoso que eu simplesmente esqueci onde estávamos e eu só gemia baixinho, senti meu corpo tremer e quando eu ia gritar, suas mãos que estavam no meu cabelo foram pra minha boca, tampando o meu grito.

Depois um tempo me recuperando, com a respiração ofegante, ainda de costas, eu perguntei:

— O que foi isso?

— Foi o babaca aqui te fazendo gozar, ainda não acabei contigo ruiva, mas agora vou te alimentar e você vai descansar. — Deu um beijo na minha cabeça e sem menos esperar ele me pegou no colo e entrou comigo em um dos quartos da cabine do iate.

Me colocou na banheira, me deu banho, me alimentou me dando comida na boca e logo depois me colocou sobre o seu peitoral na cama enorme e fez um cafuné.

Esse homem bipolar, vai acabar me destruindo e o pior que é vou deixar.

Com esse pensamento eu adormeci nos braços do homem mais grosseiro que há 24horas se transformou num perfeito cavaleiro em menos de 2horas.

                              ✨️

+1 capítulo pra vocês, espero que gostem.

COMENTEM & VOTEM por favor, é mega importante a participação de vocês! 🥰🙏🏼

Recadinho: Digato é extremamente instável, sei que parece que está corrido mais não está. Ainda tem muita história pela a frente por mais que não seja um livro longo.