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DOIS ANOS ATRÁS,
RIO DE JANEIRO.

Um dia após a briga com o Rogério e ele não veio pra casa, liguei pra ele e só deu caixa postal. Mesmo não querendo liguei pra minha sogra e pra minha amiga pra ter notícias dele e ela disse que até então não sabia de nada, mas que iria me manter informada.

Eu não gostava de ficar ligando pras duas, porque isso era algo entre eu e ele, não gostava de envolver outras pessoas por mais que façam parte da família, isso dava o direito de se meter e eu não gostava, então quando a gente brigava, nos resolvíamos entre nós mesmo, só que dessa vez desde que nos assumimos a meses, ele nunca sumiu sem me ao menos me deixar uma mensagem.

Acordei eram 6h30 da manhã preocupada e já são 10horas e eu ainda não consegui dormir. Como eu estava de folga, inventei de colocar um som, colocando um louvor pra ouvir Gabriela Rocha – Aquieta minha alma.   

Aquieta minh'alma, faz meu coração ouvir Tua voz.
Me chama pra perto...
só assim eu não me sinto só.

Eu cantava baixinho enquanto passava pano na casa, pedindo a Deus que nada de ruim tivesse acontecido com o meu marido. Assim que Ele ouviu minhas orações, Rogério entrou pela a porta sem nenhum arranhão com a mesma roupa que saiu e eu só fiz foi pular em seu colo e chorar de soluçar.

—  Não... não some mais assim por favor amor, achei que tinha acontecido alguma coisa, ninguém sabia onde você estava. — Ele foi andando comigo em seu colo até se sentar no sofá junto comigo, secando minhas lágrimas.

— Não quero te ver chorar nunca mais, ainda mais por mim, papo reto, desculpa ruiva. Tava bolado ontem por ter feito aquilo contigo, me culpando pra caralho, só quis te deixar respirar um pouco, tô aqui agora. — colocou uma mexa do meu cabelo pra trás e beijou o meu pescoço.

— Não faz mais isso, quase morri do coração. As vezes da vontade de te matar, mas eu te amo tanto preto, obrigada por me fazer tão feliz.

— Também te amo, minha ruiva, sou malucão por você, mato e morro. — me deu um selinho e eu levantei do seu colo devagar.

— Tá fazendo o que essa hora da manhã, tu não tá de folga?

— Arrumando a casa né, estava imunda.

— Crl muito exagerada, casa tava limpinha.

— Sabe como eu sou. — Comecei a cantar meus louvores que estavam em playst da Gabriela Rocha pra terminar a faxina, já falei que eu não consigo começar e não terminar né.

— Tá inspirada né varoa, gosto assim.

— Não pode dá uma confiança né, estende aquelas roupas que tá na máquina na área pra mim vai, vai fazer alguma coisa pra agradar a Deus.

— Tá vendo aí o que eu aguento? Tava chorando até agora por mim e agora tá me explorando, tá foda. — falou brincando comigo e eu ri, jogando um pano de prato nele que agarrou no ar, antes de ir fazer o que eu pedi, ele me beijou e deu um tapa na minha bunda.

— Tô na graça hoje ein.

A cozinha já estava toda limpa, sala, banheiro já estava lavadinho, só faltava organizar a cama do quarto e a frente da sacada do apartamento, terminei em mais ou menos 1hora depois.

Babi Onde as histórias ganham vida. Descobre agora