Normalidade

37 14 31
                                    

Arrancam-me o respeito do peito
Fodem minha mera pouca dignidade, cotidianamente
Como algo que não fosse do direito de existir e resistir
Minha vida nas suas mãos, um controle comumente

Gritos, olhos, surtos, tolerância alguma... raiva
E, assim, cortam-me de novo e de novo a credibilidade
Puxam meus cabelos, minhas roupas, minha pele e meus direitos
E, repetidamente, tratam como normalidade

Porque, no final, são surdos dos próprios sermões
Mudos das próprias palavras
Cegos dos próprios erros
Incapazes de mudar a partir dos próprios conselhos

E, assim, donos das mentiras que insistem serem verdades
Fazem de todos fantoches desse enorme parque de fantasias
Fantasiando-se de perfeitos por cima de tantas banalidades
Mas acabam-se por desleixados deles mesmos e dos outros

Poemas de Fundo de GarrafaUnde poveștirile trăiesc. Descoperă acum