Pesadelo

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O pesadelo me olhou e, de novo, me fitou,
Pôs-me a acordar, sem poder de pensar
O ar parou, meu corpo hesitou
Solucei nas trevas, tive que acreditar

Completo atorduado, fugi do quarto
Como um cativo fugido
Pois o medo não me permitia ser liberto
Era eu um individuo constrangido

Borrifei-me, então, de perfume
Apenas usando-o para acobertar
Do parvor que era ser negrume

Como um conto de infelicidade
As borrifadas de par em par me diziam
Que o negrume era inevitabilidade

Poemas de Fundo de GarrafaWhere stories live. Discover now