Sequestrada por um mafioso, tudo pode mudar em sua vida... O que poderia dar certo? Afinal, ambos se odeiam, mas mal sabem que esse ódio um dia poderia se transformar em um amor... Mas será que esse amor dará certo?
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Aaron Pov's Três dias depois...
- Você vai ficar na quarta posição, enquanto isso, o Bailey vai entrar pela porta do fundo e se disfarçar como garçom. - Explico.
- Então, eu vou entrar com o Aaron como convidados e quando todos estiverem distraídos leiloando o colar, a Robin vai invadir o sistema no banheiro e assim nós roubamos o colar. - Observo cada detalhe de seu rosto, enquanto Mila fala. Tão bela. - Bom, o restante do plano vocês já sabem.
Quando tudo acaba, eu desço para beber uma água e encontro Mila tomando um de seus remédios. Ela estava piorando cada dia mais, por mais que ela tente esconder, eu conheço ela, conheço mais do que ninguém. E o único jeito é conseguir um transplante, mas há pouquíssimas chances dela receber um.
Depois de beber sua água, ela volta a mexer uma mistura, logo percebo que é uma massa de bolo.
Ela se assusta quando percebe minha presença, mas logo continua o que estava fazendo e eu sigo o meu caminho.
Observo ela disfarçadamente e dou um leve sorrisinho, e pelas bochechas levemente coradas percebo que ela percebeu.
- O que foi?
- Nada. - Respondo cínico.
O silêncio constrangedor se instala entre nós. Queria conversar com ela, perguntar como ela se sentia, como ela ficou depois da morte de seu pai. Mas não posso, não agora.
Sou interrompido pelo alto barulho de um grito. Mila tinha cortado seu dedo com a faca acidentalmente.
- Puta merda! - Ela geme de dor.
- O que você fez? - Fico desesperado sem saber o que fazer.
- Eu cortei meu dedo, seu idiota! - Ela fala como se fosse óbvio. Pego Mila pela cintura e coloco ela encima do balcão e depois pego o kit médico no banheiro.
Depois de lavar e cuidar de seu ferimento, pego um pouco de água para ela.
- Acho que não vai ter como eu terminar o bolo... - Ela lamenta com um sorriso debochado no rosto.
- Eu vou chamar a Ângela. - Dou meia volta quando escuto ela me chamar.
- Aaron... - Ela me olha como se.... Merda!
- Eu não consigo fazer um bolo! - Justifico.
- Eu te oriento. - Ela sorri animada. - E não há muito o que fazer, o bolo já está praticamente pronto.
- Primeiro você vai colocar o fermento. - Ela aponta para a tigela que tem o fermento. - agora, coloca na massa. - Ela manda e eu obedeço.
- Agora, você precisa misturar tudo até ficar uma massa bem lisinha. - mexo a massa com o auxílio de um fuê e com a outra mão seguro a tigela da massa. Mesmo concentrado, consigo perceber Mila sorrir como se estivesse se divertindo com tudo isso.
- Muito bem! - Ela fala quando eu termino de mexer. - Agora, coloca a massa na forma com o papel manteiga e coloca no forno. - Despejo toda a massa na forma e antes de pegá-la, vou até o forno e o abro.
- Precisa mexer na temperatura do forno? - Pergunto.
- Não, ele já está pronto. - Pego a forma e coloco ela no forno.
- Como eu fui? - Pergunto, levantando as mãos.
- Um ótimo master chef, mas a sua professora é melhor! - Ela garante.
- Eu discordo, se minha professora fosse mesmo uma profissional não teria cortado o dedo. - Provoco, com um sorriso nos lábios.
- Te odeio! - Ela responde com ódio.
- Como é? Eu não ouvi direito. - Quase vejo fumaças saindo de todo seu rosto.
- Eu não vou repetir. - Ela finge estar calma.
- Bom, para a sua informação eu também te odeio.
- Sério?! Você não sabe o tanto que isso fez diferença na minha vida! - Ela coloca as mãos em sua cintura fina e logo depois sai da cozinha.
Olho para o bolo assando e vou em direção à sala. Quando chego me deparo com a imagem de Camilla na TV.
- O que é isso?
- Minha... Minha mãe assassinou meu pai. - Ela diz em choque.
Leio a manchete, e sim, Camilla tinha matado Matthew nessa madrugada, ela está sendo investigada e vai ser presa.
- Como você se sente? - Tomo a coragem de perguntar.
- Confusa... Em choque... Feliz? - Ela olha para um ponto da sala. - Matthew nunca foi um homem bom, minha mãe apenas se vingou. Ela não merecia nem estar presa.
- Ela já tentou denunciar Matthew?
- Várias e várias vezes, mas é muito difícil uma mulher ser ouvida - Ela finalmente olha para mim. - Mas chegou um dia que ela apenas desistiu.
Me sinto culpado por ter tocado nesse assunto, seu olhar exala dor e tristeza.
- Maninho, chegou! - Robin chega animada, carregando uma mala preta em suas mãos, e eu sei muito bem o que é.
- O que tem aí? - Mila ergue sua postura.
- Você se lembra que vamos precisar do rosto do Mike? - Ela balança a cabeça em Concordância. - Essa belezinha bem aqui - Eu tiro a tela que tinha na mala. - É o que vamos precisar! Nós precisamos apenas de algumas fotos de uma pessoa e conseguimos fazer isso. - Coloco meu rosto atrás da tela e ela transforma meu rosto no rosto de Mike. - Olá! - falo atrás da tela com a voz de Mike. - Agora, nós temos o rosto e voz dele!
- Uau! - É apenas o que ela consegue falar.
- Maneiro, né? - Fala Robin. - Eu estou tão empolgada, é daqui cinco dias!
