Golpe Baixo - Capitulo 15

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Eu não sei o que mais pensar, não tenho dúvidas, já fui longe demais, estou realmente gostando de Kim Taehyung, e não é um simples gostar, e sim, ama... amá-lo. Achei tão fofo a forma que ele se preocupou nos dias em que não fui a escola, além de me ver ele também me levou ao parque de diversões. Ah, e quando ele me beijou naquela roda gigante senti que iria explodir. Ele é realmente uma pessoa maravilhosa.

Deixei uma folha cair no chão do corredor e me abaixei para pegá-la, ela faz parte do trabalho que eu e Taehyung fizemos juntos, o mesmo que não podíamos fazer por causa "daquele problema". Eu não queria que ele me visse daquela forma, machucado e choroso.  Maldita a hora em que JungWoo se mudou para cá. Eu estou com medo, medo que ele faça algo contra o Tae e, não quero que ele se machuque por minha culpa.

Quando eu morava em Busan, eu era solitário, não tinha muitos amigos, eu era na minha. Os garotos me achavam estranho e pegavam no pé, não tenho culpa de ser bonito, gentil, e rebolar um pouco quando ando,  esse é meu jeito e não tem como mudar. E por eu ser assim sempre havia um demônio para me perturbar, eu não entendia (eu ainda não entendo) o porquê de Jungwoo fazer isso comigo, eu não fiz nada de mal para ele.  E agora esse fantasma voltou para me assombrar.

Eu estava tão feliz com a nova escola,  com minha nova casa, novos amigos e amigas. Que engraçado.. até então eu nunca tive amigas, até vir para cá.  E o mais importante de todos é o Taehyung. Sei que no começo ele pegava no meu pé apenas testando minha orientação sexual e, no meio disso tudo eu também descobri que ele ficava com meninos.  Nunca havia conhecido alguém como ele antes, ele é divertido, idiota, e incrivelmente perfeito em tudo o que faz, principalmente quando estávamos suados em uma cama, gemendo em sincronia. Eu nunca fiquei com outro homem antes a não ser ele, mas garanto que nenhum se iguala a ele.

Olhei em meu relógio de pulso e me apressei para chegar até a sala. Minha sorte foi que o professor não tava lá. Olhei para o lugar do Tae e só via a sua mochila na cadeira.

Onde ele está? 

— Ele foi no banheiro, Kook — A Rose riu e dei de ombros me sentando em meu lugar atrás dela.

— Acho que vou atrás dele — falei me pondo de pé, deixando minha mochila na carteira.

— Sem vergonha.— Lisa falou com malícia.

Eu apenas dei uma risada saindo da sala para ir ao banheiro masculino. As meninas sabem que, às vezes eu e o Tae damos uns pegas, mas só a Rose sabe das transas. Ela é muito insistente nesse assunto.

Segui para o banheiro, mas senti alguém agarrar meu pulso me fazendo parar e olhá-lo. Meus olhos se arregalaram, meu corpo tremeu, fiz uma expressão de pavor. Era ele, o fantasma, o pesadelo, o demônio que não me deixa em paz.

— Bom dia Jungkook. Como está?

— Me solta Jungwoo. — rosnei tentando me soltar. Então ele apertou meu pulso com mais força me fazendo soltar um arfar. — Para! — me soltei o olhando nervoso — O que você quer?! Me deixe em paz! 

— O que eu quero é muito simples, eu quero você. — e deu um leve sorriso perverso me assustando um pouco — Sabe,  foi tão bom te encontar aqui, é muita coincidência encontrar você no mesmo colégio. Talvez seja coisa do destino nos unir de novo depois de tanto tempo e, voltar com muitas brincadeirinhas, não acha?

— Você é louco. —  digo o ignorando dando passos para sair de perto de sua pessoa, mas ele voltou a me segurar, e desta vez ele me atacou pelas costas, fazendo meu corpo se encaixar ao seu me fazendo corar. — Me larga!

— Sabe Jeon, é bom você colaborar daqui pra frente, senão as coisas irão se complicar para você. — ele sussurrou com a voz rouca no pé do meu ouvido me fazendo corar pelo constrangimento e tremer pelo medo.

Essa Coca é FantaWo Geschichten leben. Entdecke jetzt