O Trabalho - Capítulo 6

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Droga, de tantas pessoas na sala tinha que ser justo ele? Merda! Parece que é um feitiço, e isso deve ser coisa da Rose. Bom, ela sabe que eu gosto de garotos, e também sabe que acho o Taehyung bonito. Mas ele é muito vacilão, um filho da mãe. Ah, Deus.

Ontem eu dormi com aquela cena na cabeça, a cena daquele ser sem blusa, daquela pele morena suada, e daquela língua inquieta na boca. Droga também!

A aula de hoje foi tranquila, mas seria melhor se a JiSoo e a Rose não estivessem pegando no meu pé. Bom, pelo menos elas me ajudam bastante, alguns alunos pensam que eu e a Rose temos um caso por estarmos sempre juntos, ela foi a primeira pessoa com quem tive uma amizade na nova escola. Eu sou tímido, por isso não me aproximei dos meninos ainda, e vou continuar assim, acho melhor, não sou comunicativo, só fiz amizade com a Rose porque as garotas são mais comunicativas.

Mas pra ser sincero... estou com medo de fazer esse trabalho com Taehyung. Porra, mas tinha que ser ele mesmo, Jesus? Poderia ser outro não? Tinha que ser justo aquele desgraçado, que me deixou sem dormir, pensando nele, e até mesmo sentindo uma leve atração? Ah, Deus, o senhor me ama?

Enfim...

Estou saindo nesse exato momento do colégio, são 13:00 tarde, Junghyun mandou mensagem dizendo que estaria aqui em 10 minutos, mas aquele embuste até agora não apareceu. Cadê o compromisso?

— Boa sorte no trabalho, Kook — JiSoo passou por mim rindo, acompanhada pela Rose. Apenas bufei e as vi se afastar.

Parado ali, esperando meu irmão, uma mão tocou meu ombro. Me virei para ver quem era, e juro que quase senti meu coração criar pernas e sair correndo pela boca direto para Kim Taehyung. Ele sorriu para mim.

— Então, vai lá hoje? Ou quer deixar pra outro dia? — perguntou tirando a mão do meu ombro, me fazendo agradecer.

— Vou hoje, é melhor do que deixar pra outro dia, quanto mais rápido melhor. — o olhei, desviando em seguida, já que aquele maldito sorriso poderia me matar.

— Ok então... — o vi colocar a mão no bolso de sua calça, tirar um papel e me entregar. — Tá aqui meu endereço, não é difícil de encontrar, as 18:00 está bom pra você? É o horário onde estou mais livre.

— Tudo bem.

— Então, até mais tarde, Jungkookie. E vê se não se atrasa. — sorriu puxado para mim, e seguiu seu caminho.

— Não me chama de Jungkookie.

"Juro que vou matar ele, mas pra ser sincero... no fundo eu até que gosto."

Minutos depois meu irmão apareceu e caminhei para entrar no carro. Mesmo assim, querendo tirar aquilo da cabeça, ficava nervoso só de me imaginar perto dele, na casa dele.

18:00

Eu havia pegado um UBER até a casa de Taehyung, meus pais não puderam me levar, mas iriam me buscar. Eu estou simples, usando apenas uma bermuda jeans preta e blusa de igual cor, e botas marrom. Não que eu queira parecer desleixado, mas essas são minhas roupas, e nem pensem que vou me produzir por causa dele. Ainda tenho algum orgulho.

Ao parar em frente a casa do Kim, suspirei bem fundo, ajeitando minha mochila nas costas e arrumando minha franja para o lado. Apertei a campainha, e pude ouvir sua voz grave gritar "já vai". Logo a porta foi aberta me revelando um Taehyung de cabelos úmidos, bermuda laranja e camiseta branca, ele também estava descalço.

— Desculpe, eu estava no banho. — sorriu, se desculpando.

" Taehyung é bonito, mas ele de cabelos úmidos é um pecado" pensei pressionando a língua ao lado da bochecha.

Essa Coca é FantaOnde histórias criam vida. Descubra agora