ᴇɴᴇᴍɪᴇs ✦ 𝑅𝑜𝑛𝑦 𝒲𝑒𝑎𝑠𝑙𝑒𝑦 (REBUILDED)

✦ 68 ✦ Peter Pettigrew

𝑀𝑎𝑑𝑑𝑖𝑒

Hermione soltou a gola de Harry, e num movimento rápido, ele foi lançado em direção à toca. O ar zumbia no meu ouvido enquanto meu corpo era velozmente movimentado de um lado pelo outro. 

— MADELEINE!? - gritou Hermione. - QUANDO EU CONTAR ATÉ TRÊS, SOLTE O GALHO!

— O QUE? TÁ LOUCA?

— CONFIA EM MIM! UM... DOIS... TRÊS!

E assim, num gesto simultâneo, nós duas soltamos o galho, sendo arremessadas na direção da toca junto com Harry. O túnel escuro, lamacento e adornado com musgo, tornou-se nosso caminho vertiginoso. Escorregamos por suas curvas sinuosas, mergulhando na escuridão em queda livre.

Aterrissamos de forma desajeitada, quase de maneira sincronizada, sobre o corpo de Harry. O impacto foi inevitável.

— Desculpa... - Hermione disse ao menino.

— T-Tudo bem... - ele se ergueu, com dor.

Eu me levantei, examinando o ambiente ao nosso redor. O túnel parecia muito mais amplo do que eu havia imaginado inicialmente; suas paredes escuras e úmidas se estendiam para todos os lados. No entanto, algo no final do túnel chamou minha atenção.

Uma suave iluminação projetava-se do final do caminho subterrâneo. Cautelosamente, comecei a avançar na direção dessa luz, curiosa para descobrir o que aguardava no final desse túnel misterioso. 

— Aonde será que isso vai dar? - perguntei.

— Eu tenho um palpite... - disse Harry, tomando a frente. - Espero estar errado!

Caminhamos por um tempo, o clima carregado de tensão, até que finalmente chegamos próximos a uma escada de madeira. Virei-me para Harry, e percebi que estávamos pensando a mesma coisa. 

O que mais me preocupava naquele momento era o silêncio, pois se Rony não estava mais gritando, algo ruim podia ter acontecido com ele. Impulsionada pela determinação e pelo desespero, eu comecei a subir as escadas sem olhar para trás.

— Harry... Estamos na casa dos gritos, não estamos? - perguntou Hermione.

— É...

Comecei a caminhar pela casa, cada passo ecoando nas salas que pareciam guardar segredos terríveis. A atmosfera carregada e os corredores sombrios contribuíam para a sensação de que o lugar era verdadeiramente assombrado.

Enquanto explorava os cômodos, procurava ansiosamente por Rony, com um eco de preocupação e determinação. Foi quando abri a porta do último quarto do corredor e finalmente o encontrei.

— Rony! - eu disse.

O garoto estava com o rosto pálido e aterrorizado, jogado a um canto do quarto, todo arranhado e coberto de lama. Corri até ele e me ajoelhei para ajudá-lo, enquanto Harry e Hermione entravam no quarto logo depois de mim. Porém, Rony ainda estava paralisado de medo, e sua voz parecia presa na garganta.

— Onde está o cão? - eu perguntei.

— ELE... ELE NÃO É UM CÃO! - Rony gaguejou, apontando para trás de nós. - É UM ANIMAGO! É UMA ARMADILHA!

Com o coração disparado, viramos de costas para ver quem estava atrás de nós, como se já não pudéssemos adivinhar.

Uma massa de cabelos imundos e embaraçados caíam até seus cotovelos. Se seus olhos não estivessem brilhando em órbitas fundas e escuras, ele poderia ser confundido com um cadáver. A pele macilenta estava tão esticada sobre os ossos do rosto que ele lembrava uma caveira. Os dentes amarelos estavam arreganhados num sorriso.