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12 || A Capacidade de Queimar

12 || A Capacidade de Queimar

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"Nunca ria de dragões vivos."

J.R.R. Tolkien

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Não dormiu bem a noite após o pesadelo e acordou com gosto de sangue e cinzas na boca. Na verdade, sequer havia dormido novamente após ser abruptamente acordada pelos olhos negros de seu assassino.

A Princesa sentiu-se receosa com a possibilidade de ter realmente gritado como em seu tormento, no entanto, ao olhar para o lado e assistir a estranha e pacífica figura parcialmente despida se seu marido, cujo sono era tão leve que o menor ruído poderia acordá-lo, constatou que seu desespero não havia trenspassado ao campo físico... fechou os olhos e tentou adormecer novamente, mas o sono nunca mais veio para acomodar a sua mente latente. Então, forçou-se a fingir dormir... por mais que que a cabeça latejasse e a cicatriz em seu peito doesse como há várias luas não doía.

Sentiu-se perdida com a sensação nebulosa que tomou sua mente pelas próximas horas.

A névoa a deixou acompanhada dos primeiros raios solares que atravessaram as suas janelas e começaram a adentrar os aposentos... a cabeça ainda latejava irritantemente ao menor ruído, porém, sentiu-se que podia aos poucos livrar-se da sensação nebulosa que atormentou após despertar- era uma sensação familiar e que havia se habituado com o passar dos anos e de inúmeros pesadelos, sonhos e infelizes memórias. E ainda fingia descansar quando escutou os ruídos do despertar de seu parceiro, a forma a qual sua respiração calma tornou-se mais alta e em como a tranquilidade deixou o corpo do mesmo.

Sentiu o mexer das mantas quando ele se desvencilhou das mesmas e, obviamente, também percebeu quando o marido ergueu-se e buscou pelas peças cuidadosamente dobradas em cima de uma cômoda do quarto da Princesa- havia se habituado com aquele costume de Aemond, no entanto, não redordava-se do momento em que ele deixou a cama para dobrar as peças.

Teria sido durante seu pesadelo? Talvez...

Ainda assim, manteve-se embaixo das cobertas e com os olhos fechados, não desejando nenhuma troca aquela altura da manhã que ainda se instalava nas paredes da Fortaleza Vermelha... geralmente, Aemond abandonava o quarto enquanto ela ainda dormia e poucas foram as vezes em que isso não aconteceu. Visenya se questionava se ele percebia a sua contrariedade em ter companhia...

Escutou o ruído das peças de couro e linho ao serem puxadas pelos membros, pernas, braços e troncos, depois escutou seus dedos passarem entre os fios longos e lisos e, posteriormente, amarrar o topo do cabelo para trás, para livrar o rosto do mesmo e logo sem seguida escutou o barulho do tampão sendo devidamente colocado para esconder o olho que faltava.

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