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Bom dia gente, como vocês estão?

A partir de agora os capítulos voltam a ser originais e não apenas repostagem!

Boa leitura!!!

~.~.~.~.~.~

Descer, por incrível que pareça, foi a parte mais fácil da minha fuga. Na verdade, para não mentir, eu quase caí algumas vezes e quando estava quase chegando, no penúltimo cinto, o nó se soltou e... bem... Olá chão, bom te ver, mas acho que avançamos muito rápido em nosso relacionamento. Aposto que amanhã terei alguns hematomas, mas fazer o quê. Talvez eu devesse tirar minha corda improvisada para esconder minha fuga... Olho para cima, acho que isso não vai rolar. Tanto faz.

Depois disso, consegui me enfiar em algum arbusto. Evitar os guardas foi a parte mais complicada, cogitei algumas vezes me entregar e tentar explicar a situação, mas eu poderia ser interpretado como um ladrão ou algo assim, melhor não arriscar.

Assim... apesar de ter sido bem difícil passar despercebido pelos seguranças, o fato de alguém como eu, sem nenhuma experiência, conseguir fazer isso é um pouco preocupante. Acho que, quando chegar em casa, vou enviar um email, ou algo assim, recomendando uma fortificação da segurança, de forma anônima - claro.

Eu tinha uma certa esperança em conseguir um táxi para chegar em casa, mas eu ando e ando e não encontro nada ao longo da estrada, que frustrante! Tateio minha calça, na esperança de conseguir chamar um uber, mas não encontro meu celular. A... verdade, ele caiu naquela árvore do depósito, isso vai me dar problema depois.

Bem... estou por conta própria.

Acho que posso dizer tranquilamente que se passou uma hora, talvez até mais, em que fiquei andando e andando, com fome, sujo e cansado, até que consegui uma carona. Não sou muito fã da ideia de abanar para carros aleatórios na rua na esperança que alguém pare e me leve por parte do caminho, sempre há o risco de ser uma pessoa com más intenções. Infelizmente, na minha situação, acho que o risco vale a pena e, por sorte, a pessoa estava indo para o centro de Seul, não seria muito difícil ir para casa dali. A motorista era uma mulher em torno dos 40 anos, surpreendentemente alta.

- Como você foi parar para esses lados? Circular nas propriedades reais não é muito bem visto- A desconfiança da motorista era óbvia.

- Eu estava em uma excursão da faculdade e acabei me perdendo- Conto uma meia verdade, a primeira fala da mulher já me levantou desconfiança, os arredores do museu eram normais, melhor não falar muito. A parte interna realmente possuía seguranças, mas os arredores? Qualquer um poderia circular.

A mulher pareceu acreditar em mim, então relaxo tranquilo no assento. Bem... não exatamente tranquilo, não baixo minha guarda, nunca se sabe quando vou precisar reagir rápido. A motorista não tentou puxar algum assunto durante o caminho, também não fiz qualquer esforço para isso, então a viagem acabou sendo bem silenciosa e algum tempo depois já estava saltando do carro depois de agradecer pela carona. Acabei conseguindo descer num bom ponto ainda, perto da universidade, dali, não demoraria muito para chegar em casa.

Meu estômago ronca e massageio minha barriga de leve. Quando eu chegar em casa eu como... para isso apenas preciso chegar em casa agora. Foram alguns minutos andando, normalmente o caminho não era tão longo, mas hoje parecia que eu não iria chegar nunca.

Mas alguma hora eu chego, finalmente. Consigo entrar tranquilamente na entrada principal e no apartamento, mas assim que eu entro, minha mente se confunde, minhas coisas não pareciam estar onde deveriam. Eu sumo por um dia e o Yoon já mexia em todo o apartamento? Estranho...

- Quem é você e como entrou aqui?

Dou um pulo de susto, achei que estava sozinho e, de imediato, reconheço Namjoon, ele estava na minha frente, assustado, segurando uma frigideira na mão.

- Namjoon, o que você está fazendo aqui?- Eu soube que meu amigo de infância estava cursando algo em Seul, mas o que ele estava fazendo no meu apartamento? Se o Yoon conhecesse ele, diria até que meu colega de apartamento o chamou para me ajudar, mas os dois não se conhecem, então o que ele está fazendo aqui?

- Eu não te conheço, saia da minha casa por favor- Namjoon passa por mim e abre a porta, como um convite/intimação para eu sair. O Namjoon sempre foi um cara grande, mas ele parece maior que o normal e estava com uma cara muito séria... de dar medo.

- Eu sei que a gente não se vê a algum tempo, mas...

- Acho que você não entendeu, eu não te conheço!

- Você não pode me expulsar da minha casa, Nam! - Eu praticamente grito, sentindo minha cabeça girar. Aquela brincadeira não tinha mais graça, não tinha mesmo, se é que alguma hora já teve. Sinto e vejo o mundo girar ao meu redor, me apoiando na bancada para não cair.

Do nada uma imagem paira na minha frente e me pega no colo, me colocando numa superfície fofa, acho que o sofá.

- O que aconteceu com seu cheiro?

- Por que todo mundo tá me chamando de fedido hoje?- Choramingo sentindo minha cabeça pesar, mas aos poucos o mundo estava voltando ao seu lugar.

- Qual é seu nome?

- Park Jimin.

- Não minta- Namjoon bufa e revira os olhos- Pelo menos tenha a honra de não roubar o nome do antigo rei.

- Nam... Namjoon, meu nome É Park Jimin- enfatizo o "É"- E eu realmente te conheço. Eu sei que você tem intolerância à lactose desde pequeno, vive com dor de barriga, mas não gosta de contar isso para ninguém. Sei que você tem uma cicatriz no quadril que, quando te perguntam, você diz que foi em um acidente de moto, mas na verdade você tem desde pequeno porque tropeçou e caiu em cima de um galho em algum tipo de acampamento.

- Eu... - Kim parece estar, no mínimo, confuso - Eu me tornei vegano faz cerca de dois anos, então não tenho mais problemas com minha intolerância à lactose. E... eu não fiquei com uma cicatriz do machucado que fiz no acampamento quando pequeno - Namjoon dá de ombros - Cicatrização de lobo, você sabe.

- Não... eu não sei. Eu não entendo o que está acontecendo - Choramingo, colocando a cabeça no joelho - Por que tá todo mundo tão estranho?

Namjoon fica quieto, talvez tentando entender porque o que falei não encaixou na versão dele. Eu que interrompo o silêncio, ou melhor, meu estômago.

- Vá tomar um banho, pode pegar minhas roupas - Suas palavras me confundem, ele não vai me expulsar? - Eu vou preparar algo para você comer enquanto isso e depois conversamos com calma, pode ser?

- Você acredita em mim? - Ergo o rosto, seu rosto próximo ao meu.

- Não - Murcho na hora, poxa, bem quando eu achei que as coisas iam ficar melhores - Mas eu não posso deixar um ômega desprotegido sair por aí, minha mãe nunca me perdoaria se eu não seguisse o que ela me disse.

- O que a sua mãe disse?

Eu ganho um pequeno sorriso.

- Vá tomar banho Jimin.

Suspiro com a frase familiar.

- Duvido que sua mãe disse isso - Resmungo, mas não hesito em me levantar e seguir em direção ao banheiro.

~.~.~.~.~.~

Parece que não é apenas Jungkook e Taehyung que ficaram malucos (na visão do Jimin, claro).

Espero que estejam gostando da história! 

Como foi a primeira semana do ano para vocês? A minha variou entre dias que quase não fiz nada e dias bem caóticos e agitados, cheios de passeios por São Paulo. Vocês já foram na Liberdade, em São Paulo? Eu adoro esse lugar...

Nos vemos novamente semana que vem!

Chegaste ao fim dos capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Jan 11 ⏰

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The King (Jikook)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora