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♚ Olá, meus queridos humanos! Tudo bom com vocês? Saudades de mim? Provavelmente estão com saudades da história e não de mim, mas... sejamos sinceros, todos estamos aqui pela história.

Demorei de novo? Sim. Prometo não fazer de novo? Não, porque vai acontecer. 

Aquilo, pessoinhas, eu realmente sinto muito pela demora, mas o tempo pra escrever e revisar tá meio curto. 

Espero que gostem :)

















S: Shh... olha aqui a chupeta.

Steve coloca a chupeta na boca do bebê manhoso e o balança no colo, mas não presta atenção o suficiente. Os olhos, assim como toda a sua atenção, é concentrada na grande porta dupla de madeira maciça, ansioso por sua abertura.

W: Steve, eu fico com ele, entra lá.

E certamente essa ansiedade é palpável, Wanda parece perceber cada gota de suor que cobre a testa tensa dele.

S: A Nat disse que está terminando.

W: Você está muito ansioso.

Observa Wanda aquilo que parece óbvio. Está sentada no banco do corredor que fica bem de frente para a porta, atenta a cada passo nervoso de Steve. Em seus braços, apoiados sobre as pernas, uma pequena manta azul, tirada de James quando perceberam que ele estava suando, e que ela aperta disfarçadamente para aliviar a própria tensão.

S: Não sei se estamos indo bem.

A cabeça de Steve balança, a incerteza em seus olhos fazendo companhia para o medo na voz franca.

W: Ela tem quase dezessete anos, eles não vão conseguir tirar a Svetlana de vocês faltando só quatro anos para a maioridade.

S: Eles estão dizendo que ela precisa de vigilância vinte e quatro horas, se eles conseguirem, ela nunca vai ter direito sobre si mesma. Querem mantê-la presa pelo resto da vida dela, e usá-la como arma. Eles não dizem, mas é isso que eles realmente querem.

Steve ajeita James no colo e, sem tirar os olhos da porta, explica para Wanda o que ele e Natasha vêm percebendo nos últimos dias. Mas que também não é um grande segredo, é necessário apenas dois neurônios funcionais para entender qual a real intenção do governo com Svetlana.

W: Isso não vai acontecer.

S: Não sei... nem a Nat tem certeza.

O som da tranca da porta atiça os ouvidos do soldado. O coração de Steve palpita quando a primeira fresta é aberta.

Os primeiros a saírem são os advogados e agentes do governo. Todos em passos estúpidos e apressados, ignorando a presença de Steve bem ao lado da porta. Não há um pingo de medo, o cheiro de receio passa longe, e tudo que exala deles, forte o suficiente para que o corredor se torne incômodo, é a arrogância nos olhos deles.

Não muito atrás, saem as pessoas que realmente importam para Steve. Mas agora não há arrogância. Pânico. É tudo que consegue ver nos olhos daqueles que depende para ter a filha a salvo. E pior que os olhares dos advogados, é o de Natasha. Tão apavorado quanto o deles, porém tentando escondê-los atrás da postura firme.

São detalhes, coisinhas miúdas que enterram Steve todo santo dia no buraco que parece se tornar cada vez maior e maior. Engole seco só de pensar. A garganta seca faz a saliva passar como agulhas, as mesmas que deita em cima toda noite antes de dormir para os pesadelos, os mesmos que vem tendo toda noite desde o início do processo.

ExperimentoWhere stories live. Discover now