Irmãos em tudo, menos sangue. (One-shots)

Abandono

Autor: EnvySparkler

Resumo: Robin responde ao pedido de socorro do Capuz Vermelho em um prédio cheio de gás do medo.

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Foi uma típica noite pós-fuga e recaptura de Arkham. Asa Noturna ficou mais uma noite para ajudar na limpeza desde que Crane fugiu — eles conseguiram frustrar seus planos, mas ainda havia um carregamento de toxina do medo desaparecido — e havia alguns casos antigos que eles não conseguiram rastrear ontem.

Os três haviam dividido a patrulha para cobrir mais terreno, e Tim estava perto do Bowery, meio atento a um brilho vermelho. Capuz havia amadurecido nos últimos meses, e Tim sabia que Jason e Bruce tiveram algum tipo de conversa que levou Batman a deixar Tim patrulhar novamente perto do Beco do Crime, mas era difícil esquecer como era uma surra alimentada pela raiva.

Tim respirou fundo e ignorou sua hesitação instintiva diante das sombras inconstantes para vasculhar o armazém vazio. Asa Noturna estava preenchendo a linha de comunicação com sua conversa interminável, e Tim se recusou a admitir que isso o acalmava.

“E quando perguntei a Selina, ela disse que não era ela, então isso deve significar que Era se foi...”

"Ajuda."

Tim quase tropeçou no ar. A voz de Asa Noturna foi cortada imediatamente. Por um momento, houve um silêncio prolongado, enquanto cada um deles tentava descobrir se a voz rouca era real ou uma alucinação.

“Capuz,” Batman rosnou, a voz aumentando uma oitava, “Capuz, onde você está? O que aconteceu?"

Tim prendeu a respiração. Asa Noturna ficou em silêncio. A linha estalava com estática vazia.

“Capuz”, repetiu Batman, sua voz ficando perigosamente perto de falhar, e Asa Noturna falou por cima dele.

“Capuz, relatório,” Asa Noturna disse, “O que está acontecendo?” Ele não conseguia esconder totalmente sua preocupação.

Tim ficou onde estava, ouvindo e esperando. Ele sabia que a Oráculo estava em contato com Capuz porque ela coordenava metade dos vigilantes na Costa Leste, mas não esperava que Capuz estivesse em suas comunicações.

“Oráculo,” Asa Noturna trocou de alvo, “Onde ele está?”

Outro silêncio que pareceu se estender por muito tempo — Tim podia sentir o familiar arrepio de ansiedade que se seguia a um check-in perdido, exceto que Capuz não era um deles — antes que a Oráculo respondesse, nítida e clara: “Armazém no Bowery, 4 Rua Frank com a Rua Frank.” Outra pausa, “Relatos de toxina do medo perdida na área”.

Parecia que encontraram a caixa desaparecida.

Asa Noturna praguejou, baixo e veementemente, e Tim pôde ouvir o som do Batmóvel acelerando. Mas Asa Noturna estava em Tricorner e Batman estava em Amusement Mile. Tim era o mais próximo.

“Vou dar uma olhada” disse Tim, com a boca seca.

“Robin...” Asa Noturna começou.

“Não se envolva”, rosnou Batman, “apenas observe e relate”.

Tim não queria se envolver. Tim não queria chegar mais perto do Capuz Vermelho do que o necessário. “Entendido”, disse ele, e virou-se para sair do armazém.

Ele levou cinco minutos para chegar ao endereço, cinco minutos em que a ansiedade se enrolou cada vez mais em sua espinha. Não fazia sentido que fosse uma armadilha. Capuz tinha que saber que a Oráculo iria interrompê-lo, tinha que saber que a única razão pela qual Asa Noturna não tinha ido atrás dele foi por causa daquele momento de hesitação na filmagem da luta na Torre dos Titãs quando Capuz se afastou, tinha que saber disso. Batman permitiu que ele ficasse em Gotham.