━━━━━ 𝓡iley não gostava do seu colega
de trabalho irritante e chato, que a
deixava maluca e extremamente
irritada.
𝓒harlie adorava implicar com a ruiva
estressadinha que, ao seus olhos, era
extremamente atraente, ou talvez esse
fosse o único j...
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✮༻CHARLIE༺✮
A INSÔNIA DEFINITIVAMENTE era o diabo na Terra. Como eu já imaginava, não consegui dormir por mais de cinco minutos e não queria acordar as garotas, então decidi sair do quarto e vir pra cozinha. Agora, eu observava o quintal da casa pela janela, estava de frente pra pia e de costas para a entrada do cômodo. Ouvi alguns passos e, silenciosamente, peguei uma faca que estava no escorredor de louças. Me virei calmamente e, em passos silenciosos e leves, sai da cozinha. Estava escuro e eu não enxergava nada direito, olhei pro lado após ouvir um barulho e foi quando senti meu corpo bater em alguma coisa, uma estante. Senti algo cair bem na minha cabeça e depois ir até o chão, a dor do impacto do objeto na minha testa me fez fazer uma careta.
─── Porra, Bushnell. Quer quebrar minha casa, caralho? ── ouvi a voz baixa da ruiva e virei para ela, vendo-a acender a luz.
─── Não era minha intenção. ── eu disse e ela me olhou, arregalando os olhos azuis cristalinos depois de olhar pra minha testa.
─── Larga essa faca onde pegou e me espera na cozinha, idiota. ── a dona da casa ordenou séria e eu fui até a cozinha.
Esperei um pouco, olhando para o local que agora eu conseguia enxergar direito. Ouvi os passos dela mais próximos e logo sua figura entrou em meu campo de visão. Riley tinha uma caixa de primeiros socorros de tamanho médio em mãos, desci meu olhar por seu corpo e reparei na calça da hello kitty, sorri de canto. Ela amava hello kitty. Subi um pouco meu olhar e vi a regata branca colada, valorizava seu corpo. Que merda eu tô' pensando?
─── Vem cá, burrinho. ── falou e eu me aproximei, ela estava apoiada na bancada da ilha da cozinha e eu fiquei de frente pra ela.
A ruiva abriu a maleta e pegou um algodão, colocou um spray e afastou meu cabelo da testa com uma delicadeza que eu achei ser inexistente no corpo da garota. Ela estava concentrada e ainda não havia começado a passar o algodão. Ela fica linda concentrada. Eu olhava para baixo para a enxergar, devido a nossa diferença de altura, e a observava sem sequer piscar os olhos.
─── Tá' doendo muito?
─── Um pouco. ── respondi, ainda a encarando.
─── Pera aí. ── ela murmurou e me afastou um pouco com as mãos, subiu em cima do balcão e me puxou pra mais perto.
─── Se quiser me beijar é só falar, Jordan. ── eu a provoquei e ela revirou os olhos, passou o algodão no machucado e eu senti mais dor e ardência ─── Ai, ruiva. Vai com calma.
─── Fica quieto. ── exclamou, olhando fixamente para o machucado enquanto a única coisa que conseguia olhar era seu rosto. Ela colocou a língua um pouco para fora, fazia isso quando estava concentrada.
