━━━━━ 𝓡iley não gostava do seu colega
de trabalho irritante e chato, que a
deixava maluca e extremamente
irritada.
𝓒harlie adorava implicar com a ruiva
estressadinha que, ao seus olhos, era
extremamente atraente, ou talvez esse
fosse o único j...
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✮༻RILEY༺✮
O BARULHO DA risada de Kayla atingiu meus ouvidos no momento em que eu saí do banheiro. Pude ver a loira ao lado de Walker - provavelmente ele que causara o riso da garota -, que ria levemente enquanto olhava a garota, os olhei curiosa.
─── Estão rindo do que? ── me aproximei e eles pararam de rir.
─── Nada demais. ── o garoto responde e eu cerro os olhos o encarando.
─── É sério mesmo, não é nada demais. ── a loira disse e eu desvio o olhar para ela ─── Era sobre uns caras da escola, você não conhece.
─── Sei... ── respondi suspeitando, a mais nova me mostra a língua.
─── Diz aí Riley, como você se sente tendo que beijar o Charlie amanhã? ── o loiro pergunta e eu o olho com os olhos arregalados ─── Ah, você não sabia. ── ele fala mais baixo após Kayla o lançar um olhar de repreensão.
─── Amanhã? Sério mesmo? ── eu pergunto e o garoto assente, olho para a loira esperando que ela desmentisse, mas ela não o fez, apenas balançou a cabeça enquanto apertava os lábios. Solto um suspiro pesado e começo a andar ao lado dos dois.
─── Relaxa ruiva, é só um beijinho. ── o Scobell fala como consolo.
─── É, nem esquenta com isso. Não vai fazer diferença já que vocês se odeiam, não é? ── a garota disse e eu a olhei, ela tinha uma feição sujestiva. Parecia saber de alguma coisa, era só o que me faltava.
─── É, nada vai mudar. ── eu falei, olhando para frente e suspirando de novo.
Charlie e Kayla eram bem próximos, quase como irmãos, mas não pensei em nenhum momento na possibilidade do garoto falar alguma coisa pra Gillies. E eu estou torcendo para que ele não tenha.
Não me entendam mal, eu sou extremamente grata ao Bushnell pelo que ele fez por mim, tanto quando tínhamos treze quanto ontem de noite. O que eu quero dizer é que não tivemos uma conversa sobre o que aconteceria a partir de agora, não falamos nada sobre nós, se é que existe um "nós". Mesmo com tudo que ele tenha feito, ele ainda sim me irrita e continua sendo implicante, então eu ainda posso não gostar dele, não é?
Não, não é. Ele me ajudou quando eu queria deixar de existir, não posso odiar alguém que me tolerou sendo chapada e depressiva.
O que caralhos nós seríamos agora?
Eu gosto da ideia de xingar ele, isso é legal, mesmo que eu não demonstre. Mas eu também gosto da ideia dos seus lábios nos meus, dos nossos corpos colados, sua língua invadindo minha boca, do seu abraço surpreendentemente confortante, das suas mãos na minha cintura, gosto da ideia de um nós existir.
