Capítulo 8

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O primeiro susto sempre é o pior.


10 de Outubro de 1996
Sala de aula, DCAT, Hogwarts


O resto daquela tarde dos Potter-Malfoy's foi relativamente tranquilo. Scorpius ficou com Potter e James com Malfoy.
Ambos os garotos mais velhos se ignoraram furiosamente. Parecia um entendimento mútuo entre os dois de fingirem se dar bem na frente dos mais novos e se ignorarem no restante do tempo.

Isso durou três dias.

Na manhã de quinta-feira, eles continuavam a se ignorar furiosamente. Eles se tratavam "bem" só quando as duas crianças estavam no mesmo cômodo que eles, ou seja, só quando os quatros estavam juntos.

Ele seguiram sua agenda normal, naquele primeiro horário, ele teria DCAT com os sonserinos, o que quer significa ter duas crianças energéticas na mesma sala de aula.

Harry tinha a impressão que Snape não iria gostar muito disso.

Eles chegaram cedo na aula, o suficiente para organizar os meninos e se prepararem para a longa palestra de Snape.

Os quatro se sentaram nas últimas cadeiras disponíveis ao fundo da sala de aula, Malfoy conjurou dois banquinhos para os gêmeos se acomodarem.

Ele teve tempo para entregar pergaminho e penas para os meninos, para mantê-los entretidos, quando a porta se abriu e o professor entrou na sala.

- Guardem o material de vocês. - A voz de Snape estava ríspida como sempre, ele caminhou até a frente da turma e olhou para eles friamente - Estaremos praticando alguns feitiços ofensivos, mais usados em duelos. - o homem parou alguns segundos, respirou e voltou a falar - Nada que seja considerado inapropriado para crianças tolas como vocês. - Ele pausou novamente. - Mexam-se! - Gritou para os alunos.

Harry percebeu o exato momento em que Snape pousou os olhos nos seus meninos. Seu corpo ficou tenso. Ele sabe que o professor não poderia fazer nada com os gêmeos, eles eram filhos de Malfoy também e Snape não desgosta de Malfoy, e isso deveria pesar mais do que eles serem filhos de Harry, certo?

Errado.

Ele balançou a cabeça e percebeu que Snape estava caminhando na direção deles. 'Bem, merda!', xingou mentalmente. Ele estava pronto para defender seus meninos sobre qualquer idiotice que o homem falasse.

- Sr. Malfoy, o que essas crianças fazem aqui? - o professor perguntou lentamente. Seu rosto estava sério e os olhos se estreitaram na direção dos garotos mais novos.

- Eles devem nos acompanhar senhor. - respondeu Malfoy. E só agora Harry percebeu que o garoto loiro estava tão tenso quanto ele. Um pensamento insano passou por ele de que, talvez, Malfoy estava tão preocupado com os gêmeos quanto ele. Bem, insano, pois Malfoy só se preocupava com o próprio nariz.

- Eles não podem presenciar essa aula.

- Eles não podem ficar sozinho professor. - Malfoy tentou novamente.

Ele respirou fundo, fechou os olhos por alguns segundos e quando abriu, olhou para os dois garotos de seis anos no meio deles.

Os gêmeos já haviam percebido o que estava acontecendo e ele percebeu que Scorpius estava querendo chorar. Ele se levantou e se agachou, ficando na altura do garoto.

- O que estava fazendo Potter? - Harry ignorou fervorosamente o quão fria e dura estava a voz do professor.

Ele se concentrou nos dois meninos.

(RE)ConstruçãoWhere stories live. Discover now