Capítulo 23

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Amores de Cristal

20 de Maio de 1997, às 15h20
Sala de Visita, Mansão Malfoy


Draco sentiu antes de ver, o monstro de olhos vermelhos entrar em sua mansão. Tenso, ele olha rapidamente para sua mãe do outro lado da sala. A mulher piscou para ele e se endireitou no momento em que o monstro pisou na sala de visitas.

- Meu senhor. - Ambos os Malfoy's disseram em sincronia, enquanto Draco se ajoelhava.

- Draco... - o sussurro de seu nome fez o garoto congelar. Ele não esperava nada de bom depois disso. - Se divertindo com sua recompensa, jovem Malfoy? - Um dedo pálido e ossudo traçou lentamente sua mandíbula, ele fez de tudo para não vacilar com aquele toque.

- Sim, meu senhor. - Levantando a cabeça, Draco focou seus olhos na parede atrás do monstro, nunca olhando em seus olhos. - Eu consegui informações dos pirralhos Potter. - Zombou.

- E o que seria? - O dedo pálido se distanciou e o corpo do monstro de moveu para a cabeceira da mesa. Draco sentiu que podia se levantar naquele momento e respirar um pouco melhor.

- Eles realmente são filhos de Harry Potter, porém, não se sabe quem é a mãe ou qualquer pessoa que possa dividir o sangue e magia com aquele adorador de trouxas imundo.

- Imagino que você não se importe de eu, seu senhor, tentar tirar minhas próprias informações?

Draco fez o possível para não mostrar o quão tenso ele estava. Ele achou que se contasse um pouco, Voldemort se contaria e iria embora. Tolice!

Olhando rapidamente para sua mãe, ele percebeu que ela já não estava mais ali, segurando o suspiro amedrontado Draco se viu encarando a parede atrás do monstro mais uma vez.

- Sim meu senhor. Faça... o que o senhor sentir que é necessário. - O sorriso cheio de dentes do... daquilo, fez Draco sentir arrepios em sua espinha.

O som da cadeira arrastando o fez piscar e sair de seu estupor.

- Siga-me Draco.

Draco o fez.

Ele viu, de relance, sua mãe no topo da escadaria e quando ela balançou a cabeça negativamente, Draco moveu sua mão para sua varinha e esperou o pior.

Mentalmente, ele orou a Magic que Harry pudesse o perdoar e se talvez, o moreno iria em seu funeral.



...



20 de Maio de 1997, às 15h40
Sala do Diretor, Hogwarts



Albus estava olhando os planos traçados por Harry e ele, quando sentiu a eletricidade da chave de portal se ativando e invadindo as proteções do castelo.

Em um piscar de olhos, ele já estava atravessando sua sala e chegando à porta. Descendo rapidamente a escada, Albus usou todos os atalhos para chegar até a enfermaria.

Ele sentiu alívio quando viu duas crianças no meio do espaço.

- Meninos? - Chamou delicadamente, Albus não sabia o que aquelas crianças passaram, o quão traumatizadas e assustadas elas estariam ou estavam.

Dois pares de olhos mirou nele. Um cheio de lágrimas e o outro sério demais para uma criança de seis anos.

– Tio A-abus? - A voz quebrada de Scorpius o fez vacilar em seus passos. 'O Draco. O que aconteceu?', pensou enquanto se aproximava lentamente daqueles meninos.

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