Uma tentativa (falha) de recomeçar.
15 de Outubro de 1996
Ala Hospitalar, Hogwarts
Fazer o teste de magia não era tão ruim assim.
Era uma sensação quente, que naquele momento dava para sentir toda a extensão de seu poder. Era como se toda sua magia se fundiu-se com seu corpo e todos fossem um só. Era a sensação de pegar sua varinha pela primeira vez, só que mil vezes mais forte e repetida vezes.
Até que a sensação acabou, e só sobrou um vazio, oco, um nada. Só frio e solidão.
- Bem Sr. Potter! - A voz de Poppy o tirou do estupor que ele se encontrava. - Levante-se. Vá lá para fora, coma e logo levarei os resultados.
- Sim senhora.
Ele foi, ainda sentindo o vazio que era não ter sua magia como uma extensão de si mesmo naquele momento.
Ao passar pela porta ele viu um James chorando e um Malfoy desesperado, ambos sentados na cama que James dormia antes.
Ele correu na direção dos dois.
- O que aconteceu? - Perguntou preocupado.
- P-papai? - A voz chorosa de James era algo estranho. James quase nunca chorava.
- Sim querido. Sou eu. - Harry tentou manter a calma e se sentou ao lado da dupla. - O que houve? - Questionou mais uma vez, o mais calmo possível.
- S-scorp... - a criança sussurrou.
Aquilo quebrou um pouquinho o coração de Harry. James sentia falta do irmão. Não importa o que os testes diziam, aquele de ancestralidade era o principal e mais sincero. Eles eram irmãos, gêmeos ainda por cima. Não importava como eles nasceram. Para os dois, eram seis anos juntos e agora, um deles não estava ali.
- Eu sei Jay. Eu sinto falta dele também.
O choro da criança parecia ter piorado com suas palavras e os olhos de Malfoy se arregalaram e mirou nele. 'Faça alguma coisa idiota', era o que transmitiam.
Ele acenou a cabeça, cansado, pegou a varinha e baixinho murmurou - 'Somnus Pacificus Erit' - ele viu o momento que a criança ficou mole nos braços do pai e o choro cessou.
Malfoy só se encostou na cama, puxando a criança junto com ele, tentando deixar ele mesmo e o menino em seu colo confortável.
- Ele acordou uns... quinze minutos depois que você saiu. - Malfoy começou baixinho. - Estava tudo bem. Havia comida na cabeceira, e ele comeu. - Outra pausa e um suspiro - Ele me pediu para brincar com ele - aqui Malfoy parecia relutante em continuar. Harry só ouviu - Eu aceitei porque ele não tinha mais nada para fazer. E estávamos indo muito bem quando entraram na ala hospitalar.
- Quem entrou Malfoy?
- Bem, Pansy veio aqui me entregar as atividades de hoje. - Malfoy olhou feio para ele antes de continuar - Não precisa ficar com medo ou algo idiota Potter, ela não fez nada.
- Eu não disse nada Malfoy, você que insinuou!
- Quieto e me deixe continuar ou saia daqui!
Nenhum dos dois falou nada durante dez minutos. Foi quando Harry suspirou e olhou em volta.
- O que Parkinson queria?
- Como eu disse antes seu idiota, ela veio me entregar minhas tarefas.
- Só?
- Ela ouviu algo nos corredores.
- Sobre?
- Scorpius. - o loiro suspirou novamente e Harry olhou para o garoto ao lado dele. - Ela ouviu algo sobre passarem informações sobre os gêmeos para fora, e mais ainda sobre nós.
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CZYTASZ
(RE)Construção
FanfictionUma moeda sempre terá dois lados. De um, conhecemos Harry Potter. Ele verá que ser "O Escolhido", não resolve tudo. Que amar, ou dizer que ama, também não trás garantias ou soluções, as vezes trás é mais problemas. Do outro lado, Draco Malfoy sofre...