Capítulo 18

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Redescobrindo

04 de Janeiro de 1997, às 03h40
Aposentos Familiares Potter-Malfoy, Hogwarts



Harry acordou com um barulho. Um gemido fraco e aparentemente dolorido. Se sentando em sua cama, ele olha para o outro lado do quarto e vê uma forma borrada se movendo na cama de Draco.

É pensando em Draco que sua mente meio adormecida lembra do que aconteceu no início da tarde do dia anterior.

Depois que Malfoy desmaiou, Blaise Zabini apareceu em sua sala com duas crianças elétricas e cheia de energia para gastar, porém com uma pitada de mágoa por serem deixados para trás por seu papai D.

Em um olhar de súplica e vergonha, Harry pediu para Zabini ficar de olho nos gêmeos enquanto resolvia um problema com Malfoy e os professores.

Por alguns minutos, Harry tinha certeza que o garoto de pele escura iria negar e falar para ele se virar com seus problemas, mas não, o rapaz assentiu e deu uma ideia genial de brincar na neve enquanto o trem ainda não chegava.

Com os pequenos monstrinhos dispensados, Harry pôde sair e procurar por algum professor, ou até mesmo o diretor, ele estava descendo as escadas do terceiro para o segundo andar quando lembrou que os patronos serviam como mensageiros também.

Então ele convocou seu patrono, o lindo veado apareceu e ele deu sua mensagem a Dumbledore e a Snape sobre os acontecimentos recentes.

Não foi dez minutos depois que ele havia sentado na cadeira ao lado da cama de Draco, que os dois homens chegaram com Madame Pomfrey a reboque.

Mais meia hora depois, Poppy o avisou que Draco entrou em exaustão mágica. Algo o fez entrar em um tipo de bomba explosiva, e a destruição do quarto foi a explosão, nunca acontece do nada, sempre terá um motivo. O motivo? Só o rapaz poderia explicar.

Harry, então, esperou. Esperou e esperou. Zabini, "me chame de Blaise", deixou os meninos com ele novamente quase na hora do jantar, eles jantaram ali mesmo. Dando uma desculpa esfarrapada a James quando perguntou sobre Draco.

Na hora de dormir, ele zelou o sono de Draco até mais ou menos às 2h da madrugada, quando suas costas doeram pela posição e ele decidiu ir para sua própria cama.

Isso foi até acordar de repente e estar mais uma vez aos pés da cama de um Draco suado e gemendo de pura agonia.

- Draco, acorde é só um pesadelo... por favor - Ele sacudiu o menino loiro de leve, causando um grito agudo e sofrido do garoto. - Por favor Draco.... acorde... - Harry tentou mais uma vez, agora com magia empurrando o garoto de leve.

Isso teve o efeito contrário do que Harry queria. Ao contato de sua magia com o corpo dormente de Draco, a magia do garoto respondeu de forma defensiva e o atirou para o outro lado da sala, fazendo-o bater as costas na parede.

Foi quando Draco acordou assustado. Seus olhos estavam brilhantes de lágrimas não derramadas e de puro terror.

- H-Harry...? - A voz quebrada do loiro fez Harry se levantar esquecendo totalmente a dor de ser arremessado na parede.

- Estou aqui Draco.

Os olhos cinzas de Draco olharam para ele em medo e em uma fragilidade que Harry nunca queria ver no rosto do garoto.

Ele preferiria ter um Draco risonho, debochado e sarcástico do que esse, assustado com tudo e se encolhendo a cada barulho estranho que ouvia.

- V-você... - O loiro gaguejou e estremeceu - M-me d-desculpe...

(RE)ConstruçãoWhere stories live. Discover now