irmã De Sarada uchiha

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Envolvida pelo manto da noite, eu caminhava pela floresta, guiada apenas pelo brilho prateado da lua. A escuridão era quase palpável, mas a luz da lua se infiltrava por entre as copas das árvores, criando um caminho iluminado para mim. Era como se a própria natureza estivesse me guiando, me levando por uma trilha mágica e misteriosa.

Ao meu redor, vagalumes dançavam no ar, seus corpos brilhantes pontilhavam a escuridão com pequenas luzes cintilantes. Eles pareciam estrelas caídas do céu, cada uma delas dançando ao ritmo de uma melodia silenciosa. A floresta estava viva, pulsando com energia e beleza, e eu me sentia parte dela.
De repente, percebi que não estava sozinha. Alguns cervos tinham se juntado a mim, os famosos cervos do clã Nara, suas formas graciosas emergindo das sombras. Eles caminhavam ao meu lado, seus olhos brilhantes refletindo a luz da lua.

Eles estavam me guiando naquele momento, após o casamento de Shikamaru, o clã mudou de localização, consequentemente sobrando apenas sua casa, traduzindo, apenas Shikamaru, Temari e Shikadai moravam ali, e tinham toda aquela propriedade em suas mãos.

– Finalmente – Shikadai estava encostado em uma árvore rente a clareira que ficava próxima ao lago que geralmente era utilizada para nossos treinamentos a alguns anos atrás. Ele veio andando em minha direção , suas mãos tomaram minha cintura enquanto a outra foi em direção ao meu rosto retirando uma mecha que estava caída em frente ao meu olho esquerdo – Pensei que não iria vir.

– Eu realmente não iria – Falei levantando meu olhar, encarando a vastidão de seus olhos verdes agora meio escuros pela fraca iluminação da noite. Antes que sua mão chegasse ao meu pescoço, Desferi um soco em seu estômago o fazendo se inclinar para frente. – Mas eu não poderia perder a oportunidade de te dar uma surra. –

– C-calma Aiko – O Nara tentou recuperar o fôlego enquanto estendia a mão fazendo um sinal para que eu esperasse um pouco, os cervos que estavam ao nosso redor poderiam até interferir, até porque era de sua natureza proteger os membros do clã, mas eles sabiam que eu tinha razão em fazer aquilo.

Em meio à vastidão da floresta, sob o luar que banhava a paisagem com um brilho suave, eu me vi frente a frente com ele. A raiva fervia em meu peito, uma tempestade violenta alimentada pelo veneno de um simples mal-entendido.

– Como você pôde acreditar nisso?– Eu gritei, as palavras se perdendo entre as árvores. Ele parecia atordoado, seus olhos refletindo uma mistura de confusão e arrependimento em meio a sua expressão quase neutra.

Dominada pela raiva, avancei, meus punhos encontrando seu peito com uma força que eu não sabia possuir. Ele tentou se esquivar, mas eu estava além do controle. Cada golpe era um desconto por todos os meses em que ele ficará sem falar comigo, pelas malditas ações da minha irmã.

Ele tentou se defender, tentou falar, mas eu estava além do alcance de suas palavras. Eu precisava descontar o que está a sentindo, e Shikadai entendia bem isso, ele sabia perfeitamente bem que meus golpes não passariam do limite. Por um deslize, seu corpo veio de encontro ao meu, me fazendo cair no chão.

– Eu sinto muito – ele disse, sua voz baixa ecoou pelos meus ouvidos, seu corpo estava sobre o meu melhor deixando presa contra o chão, suas mãos imobilizaram as minhas sobre a minha cabeça. – Eu estava errado. Eu deveria ter confiado em você.–

A floresta estava silenciosa naquele momento, não era mais possível sentir a presença dos cervos, o que dava a entender que estávamos completamente sozinhos, o único som audível era o das nossas respirações que batiam uma contra o rosto do outro. Seus olhos passeavam pelo meu rosto, assim como os meus que gravavam cada linha e cada expressão do Nara.
Ainda que a noite estivesse fria, nossos corpos estavam quentes, não pelo pequeno combate de reconciliação de poucos minutos atrás.