05 ☕️ | cup of tea

770 135 40
                                    

Boa leitura 🤍

curiouscat: larentsfilm
twitter: larentsfavs

🥛˚₊꒷

Louis acorda com cócegas no nariz, tem dois cabelos cacheados e fofos em seu rosto, mas cheira bem demais para querer tirá-los.

Ele mal abre os olhos por um segundo, e o lugar ainda parece escuro o suficiente. Ele ouve a chuva caindo e a maneira como tudo ao seu redor parece ter congelado.

Ele pisca algumas vezes, sem sentir frio. Então ele olha para baixo sem conseguir mover a cabeça e vê Harry e Elio enrolados em cima dele. Mesmo com as luzes apagadas, ele consegue ver todas as características faciais de Harry relaxadas e a forma como seus lábios se erguem em um beicinho, ligeiramente entreaberto.

Ele subiu uma das pernas no tronco de Louis e se agarrou ao moletom que o mais novo usava. Tudo nele parece pequeno enquanto dorme, talvez seja a maneira como seu corpo se encolhe para se agarrar a ele.

Deve ser um reflexo, Louis pensa. Talvez ele seja uma daquelas pessoas que dormem abraçadas a um travesseiro. De qualquer forma, é difícil acreditar em sua beleza.

Como é possível que existam pessoas tão bonitas? Porra, como Louis conseguiu estar nessa posição, sendo o travesseiro de alguém tão bonito, para merecer essa visão?

Ele vira o rosto um pouco para a esquerda e encontra Elio ainda em cima dele, sua boca se abre um pouco e toda a saliva cai sobre o torso de Louis. Ele abraça a perna de sua mãe como se fosse um boneco de pelúcia.

Ainda sonolento, ele sorri. Ele puxa um de seus braços, o que abraça Elio enquanto o outro apóia a cabeça de Harry, e, da melhor maneira que pode, tenta puxar o cobertor que caiu cobrindo os dois cachos, ele não quer que eles tenham frio ou que a chuva os faça acordar com dor de garganta.

Ele não consegue sentir seu braço e há uma grande pressão em seu peito com o peso de duas pessoas em cima dele. Até suas costas doem um pouco por ter sido deixado na divisão onde o sofá se torna uma cama, mas nenhuma dessas coisas é motivo para se mudar.

Ele dorme novamente, embora tudo pareça um acidente: poder estar ali em algo que parece tão íntimo, estar no centro de uma casa em completo silêncio.

Parte dele quer mais. Muito mais.

— Merda. — É apenas um sussurro. Mas o movimento é suficiente para acordá-lo novamente. Ele mal registra o sono, mas quando abre os olhos, descobre que pelo menos algumas horas se passaram, pois a luz já está entrando pelas janelas.

Ele encontra Harry se levantando do sofá, com os cachos completamente desgrenhados, um pouco despenteados e caindo sobre o rosto. Ele ajusta o nó do roupão que se desfez durante a noite, mas suas mãos são rápidas, como se quisesse não ser descoberto. — Merda, merda, merda. — Murmura ele, com os dedos arrumando os cachos rebeldes e, quando finalmente olha para cima, Louis pode ver um leve rubor em sua pele.

Agora, Harry está tendo problemas para entender como ou por que acordou abraçado a esse homem que conheceu ontem. Mas que se dane, ele sempre gostou de abraçar, só espera que Louis não tenha notado.

Ele sabe que há tantas coisas erradas e que prolongar isso não faz com que desapareça. Ele sabe que Elio sente algum tipo de afeição por Louis e, para não causar danos ao filho, permitiu que ele os acompanhasse na Sexta-feira de Frituras. Mas há certos limites imprecisos, como deixá-lo dormir em casa, como Harry se deitar ao lado dele ou, mais importante, Elio se agarrar ao seu corpo como um urso coala.

Talvez ele devesse ter dito não e conversado com o filho para que ele soubesse que não pode se apegar a qualquer estranho que lhe dê atenção. Porque Louis não vai ficar e ele não sabe como... porra, ele não sabe como dizer isso a Elio.

Breakfast With Dad | L.S [m!preg]Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora